Enterro do policial Caio Cezar Lamas Cordeiro, que morreu baleado em confronto na Zona Oeste. No cemitério Jardim da Saudade, em Paciência. Pedro Ivo/ Agência O Dia
Caio foi atingido durante ação para averiguar denúncia de que traficantes estariam se reunindo na Rua Timboaçu, próximo à comunidade. Ele e o restante da equipe do 18º BPM (Jacarepaguá) teriam sido recebidos a tiros ao chegarem no local. Na troca de tiros, o soldado foi atingido.
O PM chegou a ser socorrido para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, onde passou por cirurgia, mas acabou não resistindo aos ferimentos e morreu no local. Um suspeito, identificado como Vitor Marcelo Corrêa de Souza, que ficou ferido no confronto, também foi encaminhado para o hospital, mas não resistiu. Junto com ele, uma pistola foi apreendida. A comunidade do Tirol é comandada pela facção Comando Vermelho (CV).
A família do soldado falou sobre a morte do PM no início da manhã desta segunda, no Instituto Médico Legal (IML) do Centro. Os parentes estavam no local para liberar o corpo do soldado.
"Estamos todos destroçados. Meu irmão era um homem de família, bom filho, bom pai e bom marido. Ele vai deixar muita saudade. Espero que Deus conforte os nossos corações, principalmente da nossa mãe, da mulher e dos filhos dele. Meu irmão morreu realizando o sonho de ser policial militar", disse.
Caio estava na PM desde 2018. Ele deixou mulher e dois filhos. Com a morte do policial, subiu para 57 o número de agentes de segurança mortos no Rio em 2022.
Desse total, 38 policiais militares, cinco agentes da Polícia Civil, cinco da Marinha, dois da Policia Penal/SEAP, dois do Corpo de Bombeiros do Rio, um da Policia Rodoviária Federal (PRF), um do Degase, um da Guarda Municipal, um da Aeronáutica e um do Exército.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.