Enterro do policial Caio Cezar Lamas Cordeiro, que morreu baleado em confronto na Zona Oeste. No cemitério Jardim da Saudade, em Paciência. Pedro Ivo/ Agência O Dia

Rio - Parentes e colegas de farda se despediram, no fim da tarde desta segunda-feira (12), do policial militar Caio Cezar Lamas Cordeiro, de 31 anos, no Cemitério Jardim da Saudade, em Paciência, na Zona Oeste do Rio. O PM foi morto após ser baleado em um confronto, neste domingo, na comunidade do Tirol, na Freguesia, Zona Oeste do Rio.
Cerca de 100 pessoas, entre colegas de farda, amigos e familiares, estiveram presentes no velório que começou às 15h. O sepultamento, marcado para às 16h45, contou com um cortejo, salva de tiros, e banda da PM em homenagem ao soldado. O helicóptero da corporação também lançou pétalas sobre o local. Nenhum parente quis falar sobre o ocorrido.


Caio foi atingido durante ação para averiguar denúncia de que traficantes estariam se reunindo na Rua Timboaçu, próximo à comunidade. Ele e o restante da equipe do 18º BPM (Jacarepaguá) teriam sido recebidos a tiros ao chegarem no local. Na troca de tiros, o soldado foi atingido.

O PM chegou a ser socorrido para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, onde passou por cirurgia, mas acabou não resistindo aos ferimentos e morreu no local. Um suspeito, identificado como Vitor Marcelo Corrêa de Souza, que ficou ferido no confronto, também foi encaminhado para o hospital, mas não resistiu. Junto com ele, uma pistola foi apreendida. A comunidade do Tirol é comandada pela facção Comando Vermelho (CV).

A família do soldado falou sobre a morte do PM no início da manhã desta segunda, no Instituto Médico Legal (IML) do Centro. Os parentes estavam no local para liberar o corpo do soldado.

"Estamos todos destroçados. Meu irmão era um homem de família, bom filho, bom pai e bom marido. Ele vai deixar muita saudade. Espero que Deus conforte os nossos corações, principalmente da nossa mãe, da mulher e dos filhos dele. Meu irmão morreu realizando o sonho de ser policial militar", disse.

Caio estava na PM desde 2018. Ele deixou mulher e dois filhos. Com a morte do policial, subiu para 57 o número de agentes de segurança mortos no Rio em 2022.

Desse total, 38 policiais militares, cinco agentes da Polícia Civil, cinco da Marinha, dois da Policia Penal/SEAP, dois do Corpo de Bombeiros do Rio, um da Policia Rodoviária Federal (PRF), um do Degase, um da Guarda Municipal, um da Aeronáutica e um do Exército.