Rio - A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) interrompeu, nesta quarta-feira (14), o funcionamento de quatro dos cinco Restaurantes Universitários (RU) localizados nos campus do Fundão, na Praia Vermelha e no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais. Apenas o RU Central, que fica na Cidade Universitária, na Zona Norte do Rio, continuará funcionando.
Em comunicado divulgado pela Pró-Reitoria de Gestão e Governança (PR-6), a Instituição informou que o corte de verbas realizado pelo Ministério da Educação (MEC) impossibilita o funcionamento do serviço de alimentação para os alunos e funcionários.
Segundo a UFRJ, a empresa contratada está com dificuldades para a manutenção integral do contrato. A PR-6 ressaltou que está se esforçando para buscar uma solução e normalizar o funcionamento, mas ainda não há previsão de retorno do serviço.
Com isso, os restaurantes do campus da Praia Vermelha, na Urca, Zona Sul do Rio, e do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, no Centro, ficarão fechados. Na Ilha do Fundão, onde fica a Cidade Universitária, os restaurantes da Faculdade de Letras e do Centro de Tecnologia seguem o mesmo caminho. Apenas o RU Central continua em funcionamento.
Corte de Verbas
Na última quarta-feira (7), estudantes, professores, técnicos administrativos e terceirizados da UFRJ realizaram um protesto no Centro do Rio contra o corte de verbas e o bloqueio orçamentário feito pelo Ministério da Educação.
Sem a verba, a Universidade afirmou em nota, publicada na sexta-feira (3), que não terá como pagar bolsas de assistência estudantil, salários, contratos de transporte e combustível, os custos do Sistema Integrado de Alimentação (que conta com seis Restaurantes Universitários), contratos de terceirizados e insumos básicos para as atividades de seu tripé: ensino, pesquisa e extensão.
No primeiro dia deste mês, o governo efetivou o bloqueio orçamentário no MEC, significando o corte de mais de R$ 15 milhões do orçamento da instituição de ensino. Além dos R$ 9,4 milhões que já estavam bloqueados, o governo avançou em despesas que já haviam sido empenhadas, deixando as contas da universidade federal no negativo.
Questionado, o MEC não respondeu até o fechamento desta reportagem.
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