Governador Cláudio Castro durante evento nesta quarta-feira (14)Lucas Cardoso /Agência O Dia

Rio - Em um evento realizado na noite desta quarta-feira (14), no Palácio das Laranjeiras, na Zona Sul do Rio, o governador Cláudio Castro fez um balanço dos primeiros dois anos de gestão. Ele falou sobre a concessão da Cedae, melhorias financeiras e da opinião geral da população sobre o estado.
"Nós conseguimos dar a volta por cima. Com muito trabalho, conseguimos fazer o que precisava ser feito. Fizemos o que todo governador precisa fazer. Arrumamos a casa", afirmou.
Para o governador, a concessão da Cedae foi um marco na melhoria da situação financeira do estado. "Na minha cabeça, ia acabar com dois anos e entregar a chave para o próximo e tchau. Graças ao resultado, como falamos, vimos que a questão da empregabilidade, PIB, as empresas voltando a contratar, isso muito se deve a redução de carga tributária e aos investimentos que conseguimos fazer graças a Cedae", disse.
Castro falou ainda sobre a descentralização do investimento da Saúde e da importância da parte financeira do estado para que essa área funcione. "Fizemos o pagamento de todas as dividas não prescritas da Saúde, pegamos todas as dividas que tinham, que outros governos não tinham pago, tudo que não estava prescrito, quitamos tudo. Hoje a gente já diminuiu quase 60% o relés a pagar do Estado. Enfim, estamos aumentando a saúde fiscal do Rio e isso é importantíssimo", explicou.
Sobre a segurança pública, o governador falou da importância do Cidade Integrada e o que o governo espera do programa. A ideia, segundo ele, é fazer com que o projeto seja um sucesso, assim como o Segurança Presente.
"O Cidade Integrada é o projeto que acredito. Já estamos lá, tiramos mais de 8 mil toneladas de resíduo, entramos com projetos sociais, reformamos escolas, mas infelizmente ainda não conseguimos o principal, que é a expropriação da fábrica da GE [General Eletric]", afirmou.
Castro também falou sobre os investimentos feitos pelo estado no projeto: "Compramos as câmeras portáteis, fizemos a força tarefa das milícias, os números diminuíram muito. Fizemos a expansão do Bairro Presente e do Segurança Presente. O investimento em Polícia Presente que nunca teve na história do Rio".
O governador reforçou ainda sobre os próximos passos do governo. "Tem agora a expansão para o Cesarão e o Pavão Pavãozinho, que é o próximo passo agora. Esperei passar a eleição para que não virasse uma UPP 2. A ideia não era ser um programa eleitoral e sim um projeto que veio para ficar", explicou.
Cláudio Castro afirmou ainda que sente falta de uma torcida para as coisas darem certo, mas explicou que entende o receio da população com o Cidade Integrada. "É um programa que vai melhorar a segurança das pessoas, mas entendo que a decepção com a UPP faça o clima ser mais azedo quanto ao projeto. Temos que olhar como um programa de estado e não de governo, como virou o Segurança Presente", disse.
Sobre os próximos quatro anos de mandato, que começam em janeiro, o governador falou sobre desafios da gestão, como a revisão de alguns regimes de ICMS. "A gente tem mais de regimes tributários no Rio. É difícil para caramba", comentou.
Durante o evento, prometeu a criação de duas novas secretarias: a da indústria e do comércio e desenvolvimento, óleo e gás; e indústria naval. "Estamos buscando nomes técnicos para ela, nomes que o mercado indique, justamente para que possam ser secretarias que deem resultado grande", disse.
O governador também revelou a possibilidade de fechar acordo para trazer mais recursos para o Rio. "Agora em janeiro, finalmente estamos indo para Nova York para fechar com a Nasdaq, a bolsa verde. Não vou nem dizer o número, que é faraônico. Se der um décimo daquilo, vou ficar feliz para caramba. A perspectiva dele é de um trilhão. Se der 10% disso eu vou ficar feliz para caramba. Se der certo, vamos fazer do (Eduardo) Paes o prefeito mais rico do país", finalizou.
*Colaborou Larissa Herbas