Corpos das amigas foram liberados no Instituto Médico Legal (IML) no RioArquivo/ Pedro Ivo/ Agência O Dia

Rio - Os corpos de Francisca Analice Ferreira Mendes, de 20 anos, e de Stefany Alves de Paiva, 19, serão enterrados na localidade de Caveira, no Ceará, onde nasceram. Segundo a Associação de Moradores da Rocinha, os cadáveres foram enviados para o nordeste nesta sexta-feira (30), após liberação no Instituto Médico Legal (IML). É esperado que o enterro aconteça no sábado (31), no entanto o horário ainda não foi definido.
Stefany Paiva (esquerda) e Ana Alice Mendes (direita) eram amigas de infância - Reprodução
Stefany Paiva (esquerda) e Ana Alice Mendes (direita) eram amigas de infânciaReprodução
As amigas de infância foram mortas a facadas dentro da casa de Stefany, na Rocinha, Zona Sul do Rio, na madrugada desta quinta-feira (29), e o principal suspeito de cometer o duplo homicídio foi preso na manhã desta sexta-feira (30). Trata-se do companheiro de Francisca. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga o caso e a motivação do crime. 
As vítimas se conheceram no Ceará e construíram uma amizade "inseparável", segundo os parentes. Francisca está no Rio há um ano e morava com o marido. Já Stefany se mudou para São Paulo, mas há duas semanas estava na casa de familiares no Rio de Janeiro.
O caso
Analice e Stefany foram encontradas mortas dentro de uma casa na localidade conhecida como Roupa Suja, na Rocinha. Ana estava deitada na cama e Stefany no banheiro. Ambas tinham marcas de facadas.
Segundo a Polícia Militar, equipes da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Rocinha foram acionados para a localidade conhecida como Roupa Suja para atender a ocorrência. Chegando ao local, os policiais encontraram as vítimas já em óbito.
A vendedora Silmara Mendes, 26, irmã de Ana Alice, contou ao DIA que tentou ligar para o número da parente, mas só dá fora de área. Até o momento, não há informações sobre o que pode ter motivado a morte das jovens.
"Não temos nenhuma suspeita do que aconteceu. Ela mandou mensagem para mim ontem dizendo que estava com muita dor de dente. Mandei ela tomar um certo medicamento para dor e ela falou que ia tomar. Foi a última vez que falei com ela. Minha prima me ligou duas horas da manhã dizendo que tinha acontecido alguma coisa com ela. O celular dela sumiu. O de nenhuma das duas estava lá. Tentei ligar hoje e deu desligado. Deve ter sido a pessoa que matou. Queremos Justiça", contou Silmara.