Thiago Henrique da Silva Ribeiro, 31, desapareceu depois de fazer corrida para o Morro do JuramentoReprodução

Rio - Segue desaparecido o mototaxista Thiago Henrique da Silva Ribeiro, de 31 anos, que sumiu no Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, na Zona Norte, no último dia 19 de dezembro, após realizar uma corrida.
Thiago Henrique estava trabalhando e foi visto pela última vez após levar uma passageira da Avenida Vicente de Carvalho, na altura do número 730, até a Rua Gramarim, no Morro do Juramento, por volta das 17h30. Desde então, familiares não tem mais notícias dele.
O caso foi registrado na 27ª DP (Vicente de Carvalho), mas foi transferido para a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA).
Segundo a mãe do mototaxista, Ana Lúcia Ribeiro, desde o dia do desaparecimento ela não teve nenhuma notícia do paradeiro do jovem e não tem mais esperanças de encontrá-lo com vida.
"Não tivemos nenhuma notícia, nada. Não tenho mais esperanças [de encontrar Thiago com vida], seria um sonho bom", desabafou.
A mãe do jovem ainda relatou ao Dia que ele havia voltado a trabalhar há pouco tempo como mototaxista depois de passar um ano de licença por conta de uma doença.
"Meu filho morava lá [no Juramento] com a família da mulher dele e trabalhava de entregador de quentinha. Sendo que meu filho ficou afastado por exatamente um ano pois teve uma tuberculose encefálica com meningite e estava em tratamento. Ele estava recebendo auxílio doença e o tratamento só acabaria em março", explicou.
De acordo com ela, o filho achou que poderia voltar a trabalhar como mototáxi, mesmo antes do fim do tratamento, porque precisava auxiliar no sustento dos dois filhos.
"Ninguém fala nada, mas entendo que as pessoas tem medo. Uma situação difícil, eu lutei pela vida dele com a doença e fizeram essa covardia. Meu filho era do bem, aonde ele chegava tinha alegria", contou.
Ana Lúcia também abordou sobre a dor que o desaparecimento gerou a família e a situação de sua neta, de 3 anos, após o desaparecimento repentino do pai. "Hoje sobrevivo pelos meus netos e minha família. Estamos tentando a cada dia. Minha neta de 3 anos nem se alimenta direito querendo o pai, tudo resumindo em sofrimento por uma covardia", lamentou.
Tanto o celular do rapaz quanto a moto também não foram encontrados pelos familiares. De acordo com a mãe, até o dia 21 de dezembro, o aparelho telefônico estava ligado, com localização na Praça do Arão, na Rua Cambuci do Vale, também no Juramento.
Em meio à tristeza, Ana Lúcia ainda fez um pedido: "Cadê o corpo do meu filho?". Para a família, o jovem teria sido morto por engano por traficantes da região, por não ter um motivo aparente para o ocorrido.
Segundo o boletim de ocorrência, moradores da comunidade relataram que viram um homem com características parecidas com as de Thiago sendo abordado por criminosos e, ao se recusar a entregar o celular, foi baleado e levado para o alto do morro. Ele teria sido atingido por um tiro de fuzil na barriga.