Pacientes sofrem com falta de ar condicionado em hospitais do Rio
CTI do Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, e nefrologia do Hospital Universitário Pedro Ernesto passaram dias sem refrigeração neste verão
Falta de refrigeração nos hospitais. Hospital Albert Schweitzer, na foto, Claudio Henrique, segurando um ventilador. - Estefan Radovicz/ Agência O Dia
Falta de refrigeração nos hospitais. Hospital Albert Schweitzer, na foto, Claudio Henrique, segurando um ventilador.Estefan Radovicz/ Agência O Dia
Rio - Em pleno verão, o desconforto de estar com a saúde fragilizada foi intensificado para os pacientes internados no CTI do Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, Zona Oeste do Rio. O setor de nefrologia do Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Uerj, em Vila Isabel, na Zona Norte, e o Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer, no Centro, também foram afetados pela falta de refrigeração nesta semana abafada.
A direção do Albert Schweitzer confirmou que o aparelho de ar condicionado central apresentou defeito no dia 1° de janeiro. Até a chegada da peça para finalizar o conserto, equipamentos do tipo split foram instalados no setor afetado.
Após pelo menos três dias de calor, a unidade afirmou que as instalações foram finalizadas durante a manhã e que a climatização foi restabelecida no início da tarde desta quarta-feira (4). A peça do sistema de ar condicionado central também chegou e a substituição foi providenciada, afirmou a Secretaria Municipal de Saúde do Rio.
O entregador motociclista Claudio Henrique da Silva, 34, passou um sufoco no último verão quando precisou ficar internado por 23 dias na unidade por conta de traumas que sofreu em um acidente. Em janeiro de 2022, ele ficou em um quarto sem refrigeração e só teve o calor minimizado por outro paciente que havia levado um ventilador.
Hoje, Claudio precisou retornar para o hospital em Realengo por conta de complicações no pino que foi colocado em seu braço. Prevenido, ele levou seu próprio aparelho para se refrescar. Mas, não foi necessária sua internação imediata e ele teve o procedimento remarcado para outro dia.
"Era muito quente e nenhum ar-condicionado funcionava. Como eu não tinha levado ventilador, a sorte é que tinha um rapaz do meu lado que levou. É muito ruim ficar internado assim. No meu caso, eu não podia nem andar. Uma sensação horrível, muito quente", lembrou.
Já no Hospital Universitário Pedro Ernesto, o calor atingiu o setor de nefrologia. A equipe de manutenção da unidade, que por ser administrado pela Uerj, é de responsabilidade do Governo do Estado, afirmou que instalou novos equipamentos de ar condicionado. O hospital universitário afirmou que o problema começou a ser solucionado nesta quarta-feira, mas não respondeu sobre quando se iniciou o transtorno.
O Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer (IECPN), no Centro, afirmou por meio de assessoria de imprensa que um ar-condicionado foi retirado para manutenção durante a noite de terça-feira. Nesta quarta, os pacientes do setor de coleta de sangue foram transferidos para um ambiente climatizado dentro da mesma unidade. A instituição da Secretaria Estadual de Saúde do Rio afirmou que o aparelho seria reinstalado ainda hoje.
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