Desmonte do acampamento de bolsonaristas no CML, no Centro do RioEstefan Radovicz/Agência O Dia
Faixas com dizeres antidemocráticos foram recolhidas das grades que cercavam as tendas e pallets usados no acampamento começaram a ser empilhados.
No decorrer da retirada dos objetos, bolsonaristas ameaçaram aos gritos jornalistas que faziam a cobertura da ação. Um fotógrafo recebeu tapas de radicais enquanto fotografava o desmonte.
O acampamento foi totalmente desmontada no início da noite desta segunda-feira (9). Não houve movimentação de policiais ou guardas municipais próximo ao local e ninguém foi preso.
A desmobilização atendeu a uma ordem do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo dos atos antidemocráticos no Supremo Tribunal Federal (STF), e um pedido do Ministério Público Federal (MPF) ao Exército.
Na ordem, Moraes determinou "a desocupação e dissolução total, em 24 horas, dos acampamentos realizados nas imediações dos Quartéis Generais e outras unidades militares para a prática de atos antidemocráticos e prisão em flagrante de seus participantes".
Já no pedido assinado pelo procurador Regional dos Direitos do Cidadão, Júlio José Araújo Júnior, ele requisitou ao general André Luís Novaes de Miranda, do Comando Militar do Leste, "que adote imediatamente todas as providências necessárias para promover a desocupação do acampamento situado em área contígua ao prédio desse comando, inclusive mediante auxílio da Polícia Militar e outras forças de segurança, informando, no prazo máximo de 12 horas, o resultado de tais medidas".
Um pouco mais cedo, o prefeito do Rio Eduardo Paes (PSD) usou as redes sociais para anunciar que até a noite de hoje, "a prefeitura do Rio irá, em colaboração com o exército e com a polícia militar, promover a retirada de todos os objetos e barracas que ocupam o espaço público tomado por manifestantes que atentam contra a democracia na praça Duque de Caxias".
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