Dona Maria de Fátima Moreira Barreto aguardou cirurgia por duas semanas antes de falecerDivulgação

Rio - O corpo da idosa Maria de Fátima Moreira Barreto, 71 anos, que morreu sexta-feira (3) em decorrer de um acidente na escada rolante da estação de metrô Estácio, no Centro, vai ser enterrado nesta segunda-feira (6) no Cemitério de Inhaúma, zona Norte do Rio, às 16h30. A despedida terá início às 14h30, na capela Capela 4.
Ela deu entrada no Hospital Souza Aguiar no dia 20 de janeiro com fratura, mas sua cirurgia só foi agendada para para a quinta. Maria de Fátima teve quatro paradas cardíacas e não resistiu.
A sobrinha da idosa, Fabiane Gonçalves, que é advogada de outras nove vítimas do acidente, reclamou da demora para marcar a cirurgia. "Eles disseram no hospital que ficou tarde para fazer a operação e marcariam para a semana seguinte, mas não quiseram agendar nos dias próximos. Nós ficamos chateados, podiam tê-la operado mais rápido. Ela não tinha problemas de saúde, era uma mulher ativa, alegre e estava até planejando comemorar o aniversário dela, no dia 24 de janeiro, em casa", desabafa.
A advogada também reclamou do descaso do MetrôRio e afirmou que pretende processá-los. "Eu estava na estação esse dia, mas não sabia que ela e a minha mãe estavam lá. Disseram que houve arrastão, mas é mentira. A escada rolante parou e voltou na direção contrária. E o movimento era intenso, porque as pessoas estava indo para festas, blocos, praia, pessoal indo trabalhar, então a minha tia foi de cara no chão e ficou pior que os outros. Ela quebrou dois ossos das pernas e fissurou a bacia, além de ter ficado com vários hematomas. Eu pedi para o metrô transferi-la para um hospital particular, mas fui ignorada", conta.
Em nota, o MetrôRio informou que está em contato com a família da vítima para prestar suporte. "No dia da ocorrência, a equipe da concessionária, assim como o Corpo de Bombeiros e o Samu, prestaram todo o atendimento aos clientes. Após o ocorrido, o aparelho de mobilidade foi minuciosamente inspecionado e não apresentou falhas no seu funcionamento. O mesmo foi periciado pela Polícia Civil, que investiga o acidente, e liberado para o funcionamento", afirmou.