Restaurante La Fiorentina, localizado no LemeDivulgação / Jota Prado
O espaço, inaugurado em 1957, é visto como reduto da boemia cultural da cidade e foi tombado pela Prefeitura do Rio em julho do ano passado devido a sua relevância.
A primeira vez que o imóvel fechou foi em 2020 e depois em 2021, as duas vezes ocorreram por causa da pandemia da Covid-19. Na época, o antigo dono, Omar 'Catito' Peres, informou que o prédio iria a leilão por causa de uma dívida com o Banco Cédula. Segundo ele, o valor era de R$ 1,5 milhão, mas o banco estaria cobrando R$ 9 milhões com juros e multa.
Atualmente, La Fiorentina é administrado pela empresa DCL, de Delorme Lima. Nas redes sociais, o perfil oficial do restaurante informou o fechamento temporário e informou que a dívida nada tem a ver com a atual gestão.
"Fechamos por causa de uma dívida antiga. Mas o atual dono, Delorme Lima, está trabalhando para resolver o quanto antes. Não fomos despejados, mas fechamos até resolver essa questão. Em breve voltaremos", disse.
A casa que fica na Avenida Atlântica foi fechada, mas móveis, utensílios, quadros raros e as esculturas de dois leões na porta permanecem no local.
História
Fundado em 1957, o restaurante – conhecido por ficar aberto até o dia amanhecer – foi ponto de encontro de artistas, boêmios, jornalistas e artistas plásticos. Nas paredes e colunas do estabelecimento, famosos deixaram suas assinaturas e fotos. Na calçada, entre as mesas, fica a tradicional estátua do compositor Ary Barroso, que foi um freguês assíduo.
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