Fábio Dantas, de 46 anos, é a sétima vítima fatal do naufrágio na Baía de GuanabaraReprodução/ Rede social
Fábio era suboficial fuzileiro naval da Marinha do Brasil e estava prestes a se mudar para Brasília. No dia do acidente, ele estava na embarcação acompanhado da mulher, Ana Nilda dos Santos, que conseguiu sobreviver. Ainda não há informações sobre o local do sepultamento, que será no Rio Grande do Norte, onde nasceu, no município Caicó.
Segundo a Marinha, a previsão é de que o translado seja realizado assim que os preparativos e trâmites administrativos estejam concluídos. A MB ainda divulgou, em nota, que "se solidariza com os familiares do militar".
Nas redes sociais, uma prima de Fábio lamentou a morte de Fábio, mas se mostrou aliviada em poder dar um enterro digno ao familiar. "Obrigada pelas orações, o meu primo Fábio Dantas Soares, foi encontrado. Vamos poder enterra-lo e saber que ele vive agora na eternidade. Continuemos em orações para o conforto dos pais, irmãos, esposa e filhas. Vai ser difícil para todos eles, respeitemos esse momento de luto e dor não indo lá por enquanto. Obrigada meu Deus, pedi muito para que eles fossem encontrados e agora podermos enterra-los, eles agora vivem e moram na eternidade", escreveu.
Relembre o naufrágio
Fábio estava desaparecido há uma semana, quando a embarcação em que estava emborcou na Baía de Guanabara, próximo à Ilha de Paquetá, devido ao forte temporal que atingiu o Estado do Rio. Na embarcação, havia 14 tripulantes, seis foram resgatados com vida e oito morreram.
Os corpos de Fábio e Isabel Cristina de Souza Borges, 38 anos, foram encontrados no último domingo (12), uma semana após o acidente, boiando na Baía de Guanabara, na altura da Ilha do Mocanguê e próximo à ponte Rio-Niterói. Os cadáveres foram removidos da água pelo 1º Grupamento Marítimo (Gmar) de Botafogo e encaminhados ao Instituto Médico-Legal do Centro do Rio para reconhecimento das vítimas.
Acidente está em investigação
A Marinha do Brasil, por meio da Capitania dos Portos do Rio de Janeiro (CPRJ), instaurou um procedimento interno para apurar as causas, circunstâncias e responsabilidades do naufrágio. A 37ª DP (Ilha do Governador) também investiga o ocorrido e ouviu testemunhas e sobreviventes do acidente, entre eles o comandante que pilotava a embarcação.
"A Marinha do Brasil lamenta o ocorrido e apresenta sua solidariedade aos familiares das vítimas A CPRJ esclarece, também, que um Inquérito sobre Acidentes e Fatos da Navegação foi instaurado para apurar as causas, circunstâncias e responsabilidades do acidente. Concluído o procedimento e cumpridas as formalidades legais, os documentos serão encaminhados ao Tribunal Marítimo, que fará a devida distribuição e autuação, o qual dará vista à Procuradoria Especial da Marinha para que adote as medidas previstas no Art. 42 da Lei nº 2.180/54", disse o órgão em nota.
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