Equipes do Esquadrão Antibombas, da Polícia Civil, além de PMs e militares do Corpo de Bombeiros atuaram em cerco ao prédio da sede da OABCléber Mendes/Agência O Dia

Rio - A Polícia Civil investiga se um advogado foi o responsável por disseminar a informação falsa de uma bomba na sede da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio (OAB-RJ), no Centro do Rio, na quarta-feira (15). Segundo a OAB-RJ, o caso está sendo investigado pela 5ª DP (Mem de Sá) e as imagens das câmeras de segurança do prédio já foram analisadas pela polícia. 
Segundo informações, nas câmeras, a polícia observou a presença de um homem entrando no banheiro com uma pasta em mãos próximo ao horário do ocorrido. 
O pânico causado na sede aconteceu depois que uma carta deixada em alguns banheiros do sétimo andar do prédio, na Avenida Marechal Câmara, 150, onde funciona a sede da OAB, ameaçava a existência de uma bomba no local. No momento da descoberta da carta, acontecia uma solenidade para entrega da carteira de advogados aprovados no concurso da ordem. Por conta da ameaça, todos os eventos do dia foram suspensos no prédio sede. A carta também já passou por perícia.
Conteúdo da carta
Circula nas redes sociais uma foto da suposta carta deixada no prédio. A imagem compartilhada traz uma mensagem de insatisfação com uma situação interna da OAB. O texto enfatiza, inclusive, que os resultados da explosão seriam graves.
"Os efeitos serão catastróficos e esse ato dará início a uma série de atentados em diversos órgãos como forma de acabar com essa política idiota de exclusão, nepotismo, vantagens pessoais, anuidades caras, vaidade absurda, reacionarismo barato de uma burguesia hipócrita que se preocupa somente com a indicação pelo quinto constitucional", diz trecho da carta.

"O poder a todo custo tem seu preço. A OAB pagará preço caro por adotar essa política de manter em seus quadros a direita extremista misógina homofóbica racista. Esvaziem o prédio porque os efeitos serão impactantes. Muitos serão feridos ou perderão suas vidas", conclui a carta.