Alexander da Silva é suspeito de matar a mulher e os dois filhos no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do RioReprodução

Rio - Em depoimento na sede da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), no início da noite desta sexta-feira (17), Alexander da Silva, de 49 anos, negou que tenha matado a mulher e seus dois filhos. No entanto, para a Polícia Civil, ele é o principal suspeito de cometer o crime. 
Andréa era mãe do bebê de 11 meses e  madrasta da menina de 12 anos - Reprodução
Andréa era mãe do bebê de 11 meses e madrasta da menina de 12 anosReprodução
Andréa Cabral Pinheiro, de 27 anos, o filho, Matheus Alexander Cabral Pinheiro da Silva, 11 meses; e a enteada, Maria Eduarda Fernandes Affonso da Silva, 12, foram encontrados mortos dentro do apartamento da família, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. A mulher foi morta com um tiro na cabeça, já Maria Eduarda foi atingida por três disparos, também na cabeça. O bebê teria sido asfixiado no berço onde dormia.
Ainda em depoimento, Alexander disse que saiu de casa com destino à cidade de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, mas desistiu e retornou para o Centro do Rio, onde teria aproveitado blocos de Carnaval. Ainda segundo os investigadores da DHC, o motorista de aplicativo não demonstrou arrependimento e insistiu na sua versão dos fatos.
A especializada investiga ainda se Alexander usou uma substância para dopar as vítimas antes de matá-las. Ele passou por atendimento médico no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, e foi liberado para prestar depoimento. O suspeito deve passar por audiência de custódia neste sábado (18). Ele vai responder por três crimes: homicídio qualificado, feminicídio e violência contra criança e adolescente.
Réu pela morte da noiva em 2009
Alexander também é réu em um processo pela morte de Tatiana Rosa de França, de 27 anos, em 2009. A vítima era noiva do motorista de aplicativo e seu corpo foi encontrado esfaqueado em Vargem Grande, na Zona Oeste do Rio.
Alexander ainda não foi julgado e condenado pelo crime. Consta nos trâmites do processo que em novembro do ano passado o juiz Guilherme Schilling Pollo Duarte, da 1ª Vara Criminal da Capital, determinou o julgamento para até 90 dias. De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), o júri havia sido marcado anteriormente, no entanto, o processo foi pausado após pedidos de vistas e o contexto da pandemia da Covid-19.