Marcelo Félix de Almeida era lotado na UPP Parque ProletárioReprodução / Redes sociais
Corpo de PM morto na Baixada será sepultado na Zona Oeste do Rio
Marcelo Félix de Almeida foi encontrado carbonizado dentro do próprio carro, na Via Light
Rio - O corpo do policial militar Marcelo Félix de Almeida, de 42 anos, será enterrado na manhã desta terça-feira (28), no Jardim da Saudade de Sulacap, na Zona Oeste do Rio. No sábado, o sargento foi encontrado carbonizado dentro do próprio carro, na Via Light, sentido Nova Iguaçu, Baixada Fluminense.
"Ontem e hoje, está sendo complicado demais para mim e para minha família. Perder um irmão de sangue dessa forma tão cruel e covarde é revoltante demais. Nos traz essa sensação de impotência enorme. Nosso coração, da nossa família, está arrasado porque era um rapaz do bem, trabalhador. Todo dia, fazia RAS (Regime Adicional de Serviço), que é o extra da PM. Não parava em casa de tanto fazer RAS, para vir a ser morto dessa forma tão cruel, tão injusta... Está sendo e vai ser muito difícil para a gente. É um vazio que não vai acabar nunca", lamentou Bruno Félix, irmão da vítima.
"O que nos resta é lembrar das coisas boas para tentar acalmar um pouco o coração. Qualquer homenagem para ele vai ser pouca nesse momento. Estaremos amanhã no cemitério para fazer uma homenagem que ele merece", concluiu.
De acordo com a PM, Marcelo havia sido baleado momentos antes na comunidade Bacia do Éden, em São João de Meriti. Equipes do 21º BPM (São João de Meriti) foram acionadas para dar apoio ao agente, mas não o encontraram na região.
Posteriormente, o veículo do sargento foi localizado em chamas. Exames de DNA confirmaram que o corpo encontrado no interior do carro era do policial. O caso segue em investigação na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).
Marcelo, lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Parque Proletário, era conhecido por sua bondade e engajamento em projetos sociais.
"Ele era da minha turma, nos formamos juntos. Pense em um cara gigante, mas com o coração maior ainda. Esse era o Félix. Ele se aproximou de mim quando coloquei em prática o projeto de prevenção à violência através do jiu-jítsu. Este projeto se chama Geração UPP Jiu-Jítsu e tem vários polos nas comunidades", relatou um amigo e colega de farda que preferiu não se identificar.
* Matéria dos estagiários Fred Vidal e Jorge Mello, sob supervisão de Thiago Antunes
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