Sailson José das Graças na época da prisão, em 2014Acervo O Dia

Rio - A Justiça condenou Sailson José das Graças, o serial killer da Baixada Fluminense, a mais 21 anos de prisão em regime fechado pela morte de um homem. A decisão da 1ª Promotoria junto à 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu atende a denúncia do Ministério Público do Rio (MPRJ) que acusa o matador pelo assassinato a facadas de Raimundo Basílio da Silva, em 2014.

O julgamento contra o criminoso, que também era conhecido como "Monstro de Corumbá", começou na segunda-feira (27) e terminou somente no fim da noite desta terça-feira (28). Além de Sailson, a decisão também condenou sua companheira Cleusa Balbina de Paula pela participação na morte de Raimundo.
Sailson José das Graças está preso desde o fim de 2014 - Alexandre Vieira /  Agência O Dia
Sailson José das Graças está preso desde o fim de 2014Alexandre Vieira / Agência O Dia


Essa foi a segunda condenação do assassino desde o início do ano. No início do mês passado, o matador confesso de mais de 40 pessoas já havia sido condenado a 30 anos de prisão pela morte de outra vítima. Os crimes admitidos por Saílson teriam sido cometidos entre os anos de 2005 e 2014, no bairro de Corumbá, em Nova Iguaçu, na Baixada.

A morte de Raimundo, segundo texto da denúncia do MPRJ, teria acontecido na madrugada do dia 30 de novembro de 2014. A vítima foi pega de surpresa pelo casal. Sailson foi quem esfaqueou a vítima, que foi encontrada com 13 perfurações pelo corpo. O crime teria sido um pedido da própria Cleusa, sob a acusação de que Raimundo supostamente teria tentado estuprá-la.

O texto ainda aponta que a própria Cleusa foi quem comprou a arma usada no crime (um facão) e ajudou Sailson a entrar na casa da vítima, inclusive ficando de vigia no local.

Outras condenações

Sailson está preso desde 2014, quando foi detido preventivamente em um bar com mais duas pessoas pela morte de uma mulher. Naquela ocasião, em depoimento a policiais ele teria confessado matar 43 pessoas, a maioria mulheres brancas num período de nove anos entre 2005 e 2014.

Desses crimes, além da morte de Paulo, Sailson já foi condenado outras duas vezes. Em 2021, recebeu a pena de 16 anos e quatro meses pela morte de Francisco Carlos Chagas. Já em 2018, foi condenado a 16 anos e seis meses por outro assassinato.

À época de sua prisão, Sailson disse sentir prazer em matar e de sentir as vítimas se debatendo enquanto ele as estrangulava.

De acordo com a Polícia Civil, o número apresentado pelo serial killer foi exagerado. No momento, ele é apontado coo o autor de seis assassinatos e quatro tentativas de homicídio. Todos os crimes ocorreram no bairro de Corumbá, em Nova Iguaçu.