Testemunhas afirmam que curva brusca feita por motorista pode ter causado o acidenteReprodução

Rio - A queda de Juliane Campelo da Silva Layana, de 31 anos, do ônibus de superfície do MetrôRio, na terça-feira passada, foi registrada por uma câmera de segurança de prédio, na Gávea, Zona Sul do Rio. A imagem mostra o exato momento em que a porta do coletivo se abre e a vítima cai numa curva na Avenida Padre Leonel Franca, próximo à PUC-Rio. 

De acordo com relatos de testemunhas, o ônibus fez uma curva de forma brusca, o que desequilibrou passageiros que estavam próximos a Juliane. Ela acabou sendo empurrada no movimento. Com a pressão, a porta lateral se abriu e a mulher caiu na rua. Na queda, que é mostrada no vídeo, ela sofreu ferimentos graves que causaram morte cerebral, nesta quarta-feira (1º). A família irá doar os órgãos da jovem. 
Nas imagens, o ônibus parece fazer a curva em velocidade elevada, assim como relataram os passageiros.

Após cair do coletivo, Juliane chegou a ser socorrida para o Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon, mas foi transferida para o Hospital Caxias D'Or, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense na sequência. Foi na unidade que a morte cerebral foi constatada.

O caso é investigado pela 15ª DP (Gávea) que já ouviu o motorista do coletivo. O motorista e testemunhas foram ouvidos e representantes da empresa de ônibus foram chamados para prestar depoimento. A delegacia analisa a imagem do momento do acidente e realiza demais diligências para esclarecimento do caso.

A Secretaria Municipal de Transportes informou que fará uma fiscalização na frota de ônibus que presta esse serviço ao Metrô e esclarece que ações diárias de fiscalização nas ruas e garagens de ônibus fazem parte da rotina diária da SMTR.

Juliane era casada, mas não tinha filhos. Ela terá seus órgãos doados, após decisão da família. A doação era desejo já comunicado aos parentes por Juliane. Ela trabalhava em logística de transplantes pela Fundação de Saúde do Estado do Rio, no Leblon. O ônibus fazia parte do trajeto diário que fazia para o trabalho de Campo Grande até o Leblon.