Henry morreu no dia 8 de março de 2021, enquanto passava o fim de semana com a mãe e o padrasto, no apartamento do casal, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Durante a perícia do Instituto Médico Legal (IML), foi constatado que o menino foi vítima de agressões que causaram uma hemorragia interna por laceração hepática, segundo laudo do Instituto Médico Legal (IML).
A cerimônia teve a participação do pai de henry, Leniel Borel, que falou aos presentes na homenagem ao menino. "Gostaria de estar aqui com meu filho, ele estava sendo criado para fazer a diferença. E está fazendo. Conseguimos uma lei que pune com rigor quem faz isso com crianças. Inclusive com quem é omisso", disse Leniel, durante a cerimônia.
A lei Henry Borel, mencionada pelo pai, foi aprovada em maio do ano passado. O texto altera o Código Penal, tornando crime hediondo o homicídio contra menores de 14 anos e eleva as punições para crimes de injúria e difamação contra crianças e adolescentes.
Nesta terça-feira (7), Leniel compartilhou em suas redes sociais um trecho da sua fala durante o lançamento de uma revista focada na proteção às vítimas de agressão.
"Henry, teve sua vida ceifada de forma brutal, porém hoje o que se discute são os direitos e ampla defesa dos réus: a genitora e o padrasto. Até quando vai se proliferar este sistema judiciário pró réu? Quem deveria proteger, defender, amar... Muita das vezes não o faz de forma perversa! Não abrir os olhos para esta realidade cruel é colocar as crianças cada vez mais em risco; é omissão; é agir de forma permissiva para o aumento dos índices de assassinatos de crianças", disse o pai.
Já o ex-companheiro de Monique, Jairo, segue preso desde abril de 2021. Na última segunda-feira (6), a defesa do médico voltou a tentar recurso para que ele respondesse em liberdade, mas o habeas corpus foi negado. Outro pedido já havia sido negado em janeiro.
Relembre o caso
Henry Borel, de 4 anos, foi levado para um hospital da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, na madrugada de 8 de março de 2021. O menino chegou à unidade de saúde com manchas roxas em várias partes do corpo e o laudo da perícia apontou que a morte dele foi provocada por laceração hepática. O caso foi investigado pela 16ª DP (Barra da Tijuca) que concluiu, em maio do mesmo ano, que Jairinho agredia o a criança.
O inquérito também revelou que Monique sabia que o filho vinha sendo vítima do padrasto, mas se omitia. O ex-vereador e a mãe da criança foram indiciados por homicídio duplamente qualificado. Jairinho foi denunciado ainda por tortura e Monique por omissão quanto à tortura. A juíza Elizabeth Louro, do 2º Tribunal do Júri, decidiu que o ex-casal vai a júri popular.
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