Atualmente, Krupp é réu por homicídio com dolo eventual no trânsitoReprodução / Rede Social

Rio - A defesa do modelo Bruno Krupp pediu à Justiça que ele seja julgado por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) pelo atropelamento e morte do estudante João Gabriel Cardim Guimarães, de 16 anos, em 30 de julho do ano passado. Atualmente, Krupp é réu por homicídio com dolo eventual no trânsito, quando se assume o risco de matar.

Os advogados argumentam que João Gabriel atravessou fora da faixa de pedestre, às 23h, com o sinal aberto para veículos, e ainda correu para a calçada quando viu a moto. O jovem chegou a perder uma das pernas quando foi atingido pelo modelo que dirigia sem habilitação uma motocicleta a mais de 100 km/h, acima da máxima de 60 km/h da via.

A defesa destaca, ainda, que o modelo não havia ingerido bebida alcóolica e que Krupp tentou realizar uma manobra para desviar. "O acidente colocou a vida do próprio Bruno em risco, circunstâncias incompatíveis com o dolo eventual", diz trecho da nota emitida pelos advogados de Krupp.
Na primeira audiência de instrução e julgamento, em novembro do ano passado, o modelo admitiu que pilotava em alta velocidade, porque já havia sofrido diversas tentativas de assalto, mas que sempre respeitou sinais e ficou atento. Krupp declarou que calculou que tinha tempo e espaço para passar, mas não esperava que a vítima correria para a calçada.

O pedido foi feito nas alegações finais da defesa, antes de a Justiça decidir se Krupp será levado a júri popular pelo crime. O modelo, que ficou preso por oito meses e foi solto em março deste ano, teve a liberdade concedida após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Relembre o caso

Bruno Krupp foi preso em 3 de agosto de 2022, por ter atropelado e matado João Gabriel. O adolescente atravessava, ao lado da mãe, a Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, no dia 30 de julho.
João Gabriel chegou a ser socorrido, mas morreu horas depois. Na ocasião, o modelo também foi levado para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra, e recebeu alta no dia seguinte.