Bernadete Augusto dos Santos, de 82 anos, foi arremessada de um ônibus na noite de domingoReprodução/TV Globo

Rio - Um idosa cadeirante morreu, após ser arremessada de um ônibus, no Caju, na Zona Portuária do Rio. O acidente aconteceu na noite de domingo (14), quando Bernadete Augusto dos Santos, de 82 anos, e a filha, Solange Pedro dos Santos, estavam em um coletivo da viação Braso Lisboa e foram jogadas para fora, depois que uma porta teria se aberto. As vítimas chegaram a ser socorridas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, mas a mãe acabou não resistindo.

De acordo com relatos, Bernadete e Solange estavam em um ônibus da linha 209, que faz o trajeto Caju x Candelária, quando a porta teria se aberto em uma curva feita em alta velocidade, nas proximidades do Cemitério São Francisco de Paula, o Cemitério do Caju, arremessando mãe e filha para fora. As duas mulheres foram socorridas com vida, mas de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a idosa não resistiu aos ferimentos e morreu, na segunda-feira (15), enquanto a outra vítima recebeu alta médica.

O corpo de Bernadete foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Centro. Ainda não há informações sobre horário e local do sepultamento da idosa. Em nota, a Rio Ônibus afirmou que "a empresa lamenta o ocorrido e está em contato com a família" e que aguarda os resultados de perícia técnica para esclarecer as causas do acidente.
A Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) também lamentou o ocorrido e informou que vai oficiar o consórcio responsável para que preste esclarecimentos e os procedimentos adotados. "A SMTR informa ainda que vai reforçar a fiscalização nos ônibus da linha 209, envolvida neste acidente". O caso está sendo investigado pela 17ª DP (São Cristóvão). "Agentes realizam diligências para esclarecer as circunstâncias do acidente e elucidar os fatos", informou a Polícia Civil. 
Outros casos
Em novembro do ano passado, outra idosa cadeirante também foi arremessada de um ônibus e morreu, na Vila Valqueire, na Zona Oeste do Rio. Maria da Glória Coutinho e Silva, de 79 anos, estava em um coletivo da linha 783 Marechal Hermes x Praça Seca, da Auto Viação Três Amigos, e caiu quando o veículo fez uma curva e a porta se abriu. A aposentada chegou a ser levada para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, com múltiplas fraturas na cabeça e ferimentos no corpo, mas não resistiu aos ferimentos. 
Já neste ano, Juliane Campêlo da Silva, de 31 anos, foi jogada para fora de um ônibus integração do metrô, na Gávea, Zona Sul. O acidente aconteceu em 28 de fevereiro e a mulher chegou a ficar internada em estado grave no Hospital Caxias d'Or, na Baixada Fluminense, mas acabou morrendo em 1º de março. A vítima foi lançada para fora no momento em que a porta do veículo se abriu, durante uma curva na esquina da Rua Marquês de São Vicente, próximo a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).
No início de maio, dois idosos morreram após serem atropelas por ônibus, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Os casos aconteceram em um intervalo de oito dias, no mesmo ponto da Avenida Automóvel Clube, no Jardim Gláucia. No dia 2, Severino Roberto de Almeida, de 68 anos, foi atingido por um coletivo da Transportes Flores e acabou tendo uma das pernas esmagadas pelas rodas do veículo. Ele chegou a ser socorrido em estado grave ao Hospital Municipal de Belford Roxo e teve o membro amputado, mas não resistiu, após sofrer cinco paradas cardíacas.
No dia 10 do mesmo mês, Alaerse Antônia Pereira Figueiredo, de 81 anos, teve a cabeça esmagada e morreu, após ser atropelada por um ônibus, também da Transportes Flores. A idosa havia desembarcado do coletivo, quando a sacola de compras que ela carregava ficou presa na porta do veículo, que deu a partida. O Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado para o local, mas a vítima já foi encontrada sem vida.