Coletiva de imprensa com o promotor do Gaeco Fábio Corrêa e o superintendente regional da PF no Rio, Leandro Almada da Costa. Cléber/Agência O DIA
Durante a operação foram apreendidos nove veículos de luxo, sendo cinco deles blindados; três pistolas e um revólver; e R$ 31 mil em espécie. Além disso, também foi efetuado o sequestro de três embarcações e um imóvel de luxo avaliado em R$ 2 milhões no município de Angra dos Reis, na Costa Verde. Dois policiais militares da ativa e um sargento da reserva do Exército, que faziam a segurança dos dois, foram presos. Além de mais cinco milicianos, dentre eles mais uma liderança que não teve o nome divulgado.
"A milícia exerce papel de aterrorizar, dominar e coagir a população que ali habita naquela região, com práticas de extrema violência, onde eles exercem papel de arrecadar grande volume de recurso financeiro. O alto poder aquisitivo das lideranças é fruto do ilegalismo, como monopólio da venda de água, de gás e substituindo concessionária de serviços públicos. É uma organização que exerce essa prática interestadual e faz transações de armamento bélico pesado. São lideranças que estavam em liberdade que exercem um papel muito importante no grupo", explicou o promotor Fábio Corrêa.
"A região territorial deles é o Rio das Pedras. É uma investigação nova, Tailon permaneceu naquela organização criminosa, ele foi solto por progressão do regime, onde ele continua exercendo a atividade criminosa e por conta disso a investigação da PF teve prosseguimento", disse.
Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, além de chefe da milícia, é apontado como o alvo de criminosos no ataque que terminou na morte de três médicos na Barra da Tijuca, Zona Oeste. Ele estava em liberdade condicional desde o dia 2 de agosto.
Ainda segundo o superintendente, as investigações ainda estão em andamento e vão prosseguir para combater as lideranças e enfraquecer o grupo, que possuem patrimônios luxuosos e de alto padrão.
O valor estimado adquirido do grupo é considerado pelas autoridades como exorbitante e ainda deve ser contabilizado. Algumas informações, como os nomes dos demais presos, ainda estão sob sigilo.
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