PMs reforçando a segurança após últimos casos de violência em CopacabanaRenan Areias / Agência O Dia

Rio - Representantes da área de segurança pública do Governo do Rio realizaram uma reunião, nesta quinta-feira (7), no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na Cidade Nova, região central do Rio, para discutir novamente a integração entre as polícias em busca de melhorar a segurança em Copacabana, na Zona Sul, que nesta semana foi palco de roubos e agressões.
Após a reunião, o secretário de Segurança Pública Victor Cesar Carvalho dos Santos destacou que os crimes cometidos na região não ficarão impunes com a integração entre as forças. Para Victor, a sociedade precisa de mais tranquilidade.
"A gente sabe que, nos últimos dias, alguns acontecimentos têm tirado a tranquilidade da população. Nós viemos aqui com o compromisso de passar à população uma sensação maior de tranquilidade. A Polícia Militar, hoje, no trabalho que ela vem fazendo diariamente de prevenir o cometimento desse tipo de crime, isso vai ser feito diariamente. E mesmo aqueles casos em que eventualmente não for possível evitar, a Polícia Civil está atuante e mostrando que esses casos não ficarão impunes. Seja por conta de agressão, seja por conta daqueles que se acham no direito de tirar do Estado o dever de fazer segurança", disse. 
O coronel Luiz Henrique Marinho Pires, secretário de Polícia Militar, contou que as reuniões entre as forças de segurança buscam ampliar o número de abordagens e fiscalização em lugares onde criminosos atuam.
"Uma melhor ocupação de Copacabana envolvendo diversos órgãos. Isso que a gente está buscando, com diversos órgãos, da Polícia Militar e da prefeitura também com uma grande participação nesse processo. E que possa ocupar melhor todo o espaço de Copacabana, possa realizar as abordagens com mais frequência, com mais intensidade", explicou.
Na quarta-feira (6), a PM anunciou que vai reforçar o policiamento da Operação Verão em Copacabana a partir do fim da tarde, com a formação de um corredor de segurança, distribuindo viaturas ao longo da Avenida Nossa Senhora de Copacabana, das 18h e 23h, e Avenida Atlântica. Além disso, haverá uma melhor distribuição do policiamento e intensificação das abordagens na região com o objetivo de atender moradores e turistas que frequentam o calçadão e os quiosques do bairro.
O delegado Marcus Amim, secretário de Polícia Civil, também participou da reunião. De acordo com ele, a integração entre as forças é importante para ajudar na identificação e qualificação dos autores nos pós-crimes. Amim citou o trabalho realizado para identificar o principal agressor do empresário Marcelo Benchimol, de 67 anos, no último sábado (2). O delegado ainda aproveitou para chamar a atenção ao enriquecimento das penas, que seriam uma forma de diminuir as ações criminosas.
"Ontem, nós conseguimos a qualificação do principal agressor do idoso em Copacabana. Um indivíduo que, quando era menor de idade, teve nove passagens pelo sistema e agora depois de adulto já é a sua terceira passagem. Isso nos traz uma outra questão, o reconhecimento das atividades policiais, atividades ostensivas e investigativas, da Polícia Civil precisa ser acompanhada do endurecimento das leis. Se não, nós não vamos somente enxugar gelo, mas criar gelo para ser enxugado. Precisamos também ficar atento a essas questões dessas penas, que fazem com que sejam quase um incentivo de novas práticas criminosas. Outra questão muito importante a ser pontuada é que em novembro foi um dos menores índices de roubo na região de Copacabana. Essa sensação de insegurança não passa a realidade dos índices de criminalidade em Copacabana. Isso não quer dizer que não atuaremos com toda veemência integrados com a Polícia Militar e o Programa Segurança Presente em relação aos crimes que acontecem principalmente nessa época do ano", comentou.
Raíssa Selles, diretora do Departamento-Geral de Polícia da Capital destacou que os setores de inteligência da instituição monitoram todas as ações em redes sociais em busca de identificar os autores dos crimes. Ela citou a prisão e apreensão, realizadas na noite desta quarta-feira (6), de um homem e um adolescentes suspeitos de agredirem o empresário Marcelo Benchimol, e o ato de 'justiceiros' que se reuniram para combater a violência em Copacabana e acabaram agredindo pessoas.
"Esses crimes não serão tolerados porque nós vivemos em um país onde a legalidade impera, existem as leis, existem as polícias Civil e Militar, existe o Ministério Público e o Poder Judiciário que são as instituições que devem agir quando esses crimes acontecem e a população precisa confiar nas instituições", disse.
Quem também esteve presente na reunião desta quinta-feira (7) foi o secretário de Governo Bernardo Rossi, que prometeu uma ampliação nas abordagens realizadas pelos agentes do Programa Segurança Presente, iniciativa da secretaria. 
"O Segurança Presente está contribuindo com remanejamento e ampliando o número de homens em Copacabana, e a determinação nossa é ampliar o número de abordagens. Vocês vão ver um número maior de abordagem em Copacabana", disse.
Reforço da Guarda e da Seop
O prefeito Eduardo Paes (PSD) escreveu, nas suas redes sociais na tarde desta quinta-feira (7), que os agentes da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) e os guardas municipais estão preparados pra agir no combate à criminalidade em Copacabana. Ainda segundo Paes, a prefeitura irá disponibilizar recursos próprios para a contratação de horas extras de policiais militares para ajudar na ampliação das tropas nas ruas. 
"Nossa secretaria de Ordem Pública e nossa Guarda Municipal (com suas limitações óbvias impostas pela lei orgânica) estarão sempre à disposição das forças policiais para agir no combate à criminalidade. Desde sempre tenho colocado ao governador Cláudio Castro (PL) que estamos sob o comando das forças estaduais nessa questão. E isso vale para qualquer órgão municipal. Além disso estou informando ao governador que a prefeitura disponibilizará recursos próprios para a contratação de horas extras de policiais militares ajudando na ampliação do número do efetivo nas ruas da cidade. É o que podemos fazer com as limitações que nos são impostas no tema", publicou.