Ministro da Justiça, Flávio DinoReprodução: vídeo/redes sociais

Rio - O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse nesta quinta-feira (21), que a investigação sobre a morte da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e de seu motorista Anderson Gomes "em breve será integralmente elucidado". 
"No dia 2 de janeiro disse que nós iríamos elucidar definitivamente o caso Marielle Franco. E hoje alguém pergunta decorrido um ano, as investigações avançaram. É claro que eu não controlo inquérito, não tenho a honra de ser policial. (…) Eu quero reintegrar e cravar: Não tenham dúvida, o caso Marielle em breve será integralmente elucidado", declarou Dino durante cerimônia de entrega de 700 viaturas para o Plano de Ação na Segurança (PAS ) e o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci 2), no Palácio da Justiça, em Brasília.
As mortes são investigadas pela Polícia Federal (PF) e pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. Durante o evento, Dino afirmou que a PF mantém uma equipe de investigação exclusiva para o caso e que solucioná-lo é "fundamental" para o simbolismo político das mulheres. 
O ministro também disse que as investigações sobre a morte da vereadora do Psol estão caminhando para a fase final. Segundo ele, foi incluído no inquérito a delação do ex-policial militar Élcio Queiroz, que forneceu novas provas para o caso.
Marielle Franco
Marielle Franco foi uma socióloga e ativista brasileira conhecida por sua luta pelos direitos humanos, igualdade de gênero e justiça social. Ela foi eleita vereadora da cidade do Rio em 2016 pelo Psol e se destacou como uma das vozes mais fortes na defesa dos direitos das comunidades marginalizadas.
Os assassinatos da parlamentar e de seu motorista, Anderson Gomes, completaram cinco anos em 2023 sem respostas sobre o mandante do crime. Os dois foram mortos no dia 14 de março de 2018. Em fevereiro deste ano, o ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou que a PF abrisse um inquérito paralelo para auxiliar as autoridades fluminenses.
Nas investigações da Polícia Civil, o avanço mais consistente no caso aconteceu em março de 2019, quando Élcio de Queiroz e Ronnie Lessa foram presos no Rio de Janeiro. O primeiro é acusado de ter atirado em Marielle e Anderson, o segundo, de dirigir o carro usado no assassinato. Quatro anos depois, eles continuam presos, mas não foram julgados. Os dois estão em penitenciárias federais de segurança máxima.
O ex-bombeiro Maxwell Corrêa também foi preso por envolvimento no crime. Ele já havia sido condenado por atrapalhar as investigações, mas cumpria pena em regime aberto.