Jucilene Paulina (regata branca e bermuda preta) curtiu a festa na Praia de CopacabanaMarcos Porto

Rio - A Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio, amanheceu lotada nesta segunda-feira (1). Por volta das 10h, enquanto muitos acordavam em suas barracas montadas na faixa de areia, outros ainda se preparavam para dormir por ali. Um dos principais temas debatidos antes e durante o evento, a segurança foi alvo de elogios por parte de cariocas e turistas. 
A família de Jucilene Paulina, de 48 anos, saiu cedo de Duque de Caxias, na Baixada, para garantir um lugar especial na Praia de Copacabana. Às 17h, o grupo já havia preparado a barraca e a comida que duraram até a manhã desta segunda. Sobre o policiamento, ela contou que curtiu sem preocupações.
"Chegamos cedo porque queríamos ficar perto do palco. A gente queria muito ver o show da Ludmilla. Foi tudo ótimo, uma noite maravilhosa. Uma queima de fogos que nunca vi igual, foi perfeita. Assim como o policiamento, que estava super organizado. Não vi nenhuma confusão e deu para curtir sem se preocupar", elogiou a dona de casa.
Diante do espetáculo, a festa na Praia de Copacabana se torna marcante a todos que participam. Para o paraense José Aureliano Ferreira, de 72 anos, a celebração é ainda mais especial. Há 46 anos, ele passava a lua de mel na Cidade Maravilhosa.
"No dia 31 de dezembro de 1977, eu passei a minha lua de mel aqui no Rio de Janeiro, em um hotel no Aterro do Flamengo. Como diz a propaganda, o Rio de Janeiro continua lindo! Houve muitas mudanças, está bonito de ver. Fiquei um pouco mais afastado do palco, mas os shows foram excelentes, além da linda queima de fogos. Também estava muito seguro, não vi nenhuma confusão", relatou José.
Quem também percorreu um longo caminho para curtir a virada de ano foi Soren Skjodt, de 50 anos. Diretamente da Dinamarca, ele passou o primeiro Réveillon no Rio de Janeiro ao lado da sua companheira, a brasileira Cristiane Fiorin. No alto de um hotel que fica na orla da praia, o casal teve uma visão privilegiada.
"Foi uma festa fantástica, um lindo espetáculo de fogos. Todo mundo estava feliz, as pessoas estavam juntas. Não experimentamos nada de ruim, foi muito alegre.  Eu não conhecia nenhum dos artistas, mas achei que foi muito legal. Durante o show, tinha umas oito meninas que cantavam todas as músicas da Ludmilla (risos). Foi super lugar", contou Soren.
O turista também se surpreendeu com a segurança que presenciou no bairro, motivada pelo efetivo de 3mil agentes da Polícia Militar, cerca de 18% maior do que na última virada de ano. "Nos sentimos muito seguros, achamos que teve muito policiamento. Vimos diferentes tipos de polícia durante o tempo inteiro", afirmou.
Durante a festa. a PM prendeu sete suspeitos e apreendeu 12 adolescentes. O esquema de segurança contou com câmeras de reconhecimento facial, que auxiliaram na prisão de um foragido por tentativa de homicídio. Pontos de revistas instalados no bairro culminaram na apreensão de mais de 100 objetos perfurocortantes, como facas, estiletes e tesouras.
A corporação ainda atuou com 61 torres de monitoramento posicionadas próximo ao espelho d'água, 800 grades, 150 detectores de metal e 15 lanternas do tipo holofote. 
O engenheiro Francisco Matta, morador de Copacabana, sentiu o aumento do número de PMs em relação aos anos anteriores. Mesmo assim, ressaltou que não se sente seguro ao andar na região.
"A pessoa que vem aqui, principalmente com família, é complicadíssimo! Não tem onde guardar celular, eles enfiam a mão dentro da sua camisa para roubar. São grupos de 10, 15…  Ontem à noite, vimos algumas confusões do terraço, agora de manhã teve uma em um bar. O policiamento está muito maior neste ano do que em relação ao ano passado. O efetivo aumentou muito. Naquele outro evento, com o Alok, houve muito roubo e a repercussão foi ruim. Dessa vez, a polícia foi mais efetiva", destacou.
Desejos para 2024
Satisfeito com o policiamento durante o Réveillon em Copacabana, Francisco deixou claro que torce para se sentir mais seguro no próximo ano.
"Que o ano que vem seja mais tranquilo, principalmente na nossa cidade. O que mais precisamos é isso: paz e segurança. O resto, fazemos a nossa parte. Está muito ruim de andar pela cidade, sempre andamos com medo de sermos roubados", lamentou.
Mesmo fora do Brasil, o dinamarquês Soren Skjodt também pediu por paz: "muitas guerras estão acontecendo no mundo, então o meu desejo é por paz", contou.
Já o jovem Kituan Alves, de 21 anos, desejou novas conquistas. "Para esse ano, quero muita saúde, prosperidade, caminhos abertos e que a gente consiga realizar todos nossos objetivos", disse.