Rio - Um prédio de cinco andares, construído de forma irregular, começou a ser demolido na Colônia Juliano Moreira, em Curicica, Zona Oeste do Rio, na manhã desta sexta-feira (19).
Segundo a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), o imóvel foi avaliado em mais de R$ 1 milhão e não tinha o projeto aprovado pela prefeitura.
De acordo com a prefeitura, o prédio possuía apenas uma unidade habitada e a moradora recebeu atendimento dos agentes da Secretaria de Assistência Social (SMAS). A estrutura, segundo a Seop, não atende à legislação da região, que autoriza construções com apenas dois andares.
Além da Seop, a Subprefeitura de Jacarepaguá e o Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, participaram da operação. De acordo com o Gaeco, a estrutura foi erguida em uma área que sofre forte influência do crime organizado.
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Cinco ligações de luz clandestinas foram identificadas: uma sendo usada pela moradora e o restante para realizar a obra ilegal. Todas foram cortadas pelos agentes de Ligth. Além disso, uma ligação de água também foi desligada pela concessionária Iguá.
O secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale, falou sobre a operação de demolição. "É um prédio totalmente ilegal, sem licença e sem segurança nenhuma. Essa região, inclusive, sofre influência da milícia. Não à toa, 70% das ações da Seop foram em locais dominados pelo crime organizado. A Zona Oeste é o alvo prioritário, justamente porque sabemos que o mercado imobiliário ilegal acaba sendo explorado dessa forma", disse o secretário.
"A nossa preocupação é a ordem pública e principalmente o bem das pessoas. Não podemos permitir que vidas corram risco vivendo em construções irregulares. As pessoas precisam entender que espaço público não é terra de ninguém”, reforçou Marli Peçanha, subprefeita de Jacarepaguá.
Desde 2021, a Seop já realizou 3.141 mil demolições de construções irregulares em todo o município. A região mais afetada com as ações é a Zona Oeste, sendo o Recreio dos Bandeirantes o recordista na demolição de edificações. As ações, segundo a pasta, causaram um prejuízo de aproximadamente de R$ 420 milhões aos responsáveis.
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