Alejandro Prevez teve a prisão mantida pelo TJRJ no último domingoReprodução / Redes sociais
Advogado de cubano indica possibilidade de mandante na morte do galerista Brent Sikkema
Alejandro Triana Prevez disse ao seu representante que dava aulas de Veterinária e trabalhou nas forças especiais de seu país
Rio - A defesa do cubano Alejandro Triana Prevez, de 30 anos, afirmou que a Polícia Civil investiga a participação de um possível mandante na morte do galerista norte-americano Brent Sikkema. Nesta sexta-feira (26), o advogado Greg Andrade esteve com o suspeito por mais de três horas no Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio. Durante a conversa, Alejandro afirmou que dava aulas de Veterinária e trabalhou nas forças especiais de Cuba.
Em entrevista ao DIA, o advogado contou que o cubano deve prestar um novo depoimento à Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) na próxima terça-feira (30). Perguntado sobre a existência de um mandante, Greg afirmou que o delegado responsável pelo caso abordou essa possibilidade.
"O próprio delegado falou isso. Ele fala, inclusive: 'Tudo leva a crer que esse é um crime que teve um mandante, tendo em vista que a pessoa ficou esperando na porta'. Eu achar que teve um mandante, não significa que tem. Quem tem que dar o depoimento é meu cliente, não eu", disse.
O advogado ressaltou que Alejandro é uma pessoa "esclarecida" e bem articulada. "Estamos falando de um cara que fala três línguas, que tem licenciatura como mestrado em veterinária. Ele alega que dá aula de veterinária, que foi das forças especiais em Cuba. Segundo ele. São informações que ele passou. Estamos falando de uma pessoa articulada, inteligente, filho de uma pós-doutoranda", contou.
Em setembro de 2022, Alejandro publicou o livro 'Reflexiones Grises en el amor', no qual narra experiências vividas e faz reflexões sobre a vida.
O advogado afirmou que o suspeito negou qualquer relacionamento íntimo com a vítima. "Eles se conheciam profissionalmente. Inclusive, foi perguntado se ele tinha algum relacionamento mais íntimo e ele disse que não. Disse que não tinha conhecimento dele. Ele conhecia por outra pessoa, questão profissional", relatou Greg.
Além de agendar um novo depoimento, a defesa de Alejandro entrou com um pedido de habeas corpus, que ainda não foi julgado pelo Tribunal de Justiça do Rio. No domingo (21), o acusado passou por audiência de custódia e teve a prisão mantida.
Brent, de 75 anos, foi encontrado morto com 18 facadas em sua casa no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio, no último dia 15. Após a morte, o cubano teria roubado 30 mil dólares, R$ 40 mil, objetos e joias. O suspeito foi preso três dias depois, em um posto de gasolina na BR-050, entre as cidades de Uberaba e Uberlândia, em Minas Gerais.
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