Inca (Instituto Nacional de Câncer) informa que as marcações de consultas serão normalizadas logo após o restabelecimento dos sistemasArmando Paiva/Agência O Dia

Rio - O setor de radioterapia do Hospital do Câncer I, unidade do Instituto Nacional de Câncer (Inca), retomou suas atividades na tarde desta terça-feira (30). Os sistemas do instituto sofreram um ataque hacker na madrugada de sábado (27) e estavam com todos os computadores desligados por questões de segurança. O equipamento de radioterapia foi o mais impactado pela invasão e seu funcionamento foi restabelecido após o trabalho das equipes de tecnologia. Agora, as equipes trabalham no restabelecimento do sistema do Hospital do Câncer III, especializado em câncer de mama.

A equipe de Tecnologia do Instituto Nacional de Câncer recebeu o reforço de especialistas do Instituto Nacional de Traumato Ortopedia e do Instituto Nacional de Cardiologia, além das empresas que prestam serviços às unidades.

O instituto ressaltou que os dados armazenados pelo sistema não sofreram danos e nem foram invadidos. As consultas, exames, tratamentos de quimioterapia e cirurgias agendadas estão acontecendo normalmente. As marcações de consultas serão normalizadas logo após o restabelecimento dos sistemas.

Hacker invade sistema do Inca e causa instabilidade
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) informou, nesta segunda-feira (29), que teve o seu sistema invadido por um hacker. Marcações de exames e funcionamento do setor de radioterapia foram suspensos temporariamente. A instabilidade começou no último sábado (27) e, segundo o órgão, os programas de segurança interna do sistema foram ativados imediatamente.
Para garantir a proteção dos dados internos, foi feita a interrupção dos serviços de tecnologia, causando transtornos para pacientes que procuraram uma das quatro unidades do Inca.
Ao DIA, alguns pacientes relataram problemas no atendimento devido ao desligamento do sistema. Márcia Farias levou sua mãe, Maria de Lourdes, de 75 anos, para acompanhar o resultado dos exames e elas não foram atendidas. Flávia Bauer, de 47 anos, também acompanhou sua mãe, Elmira Bauer, de 80. Elas foram atendidas mas relataram que as anotações foram manuais e que não conseguiram marcar a consulta de retorno.
Por se tratar de um crime cibernético em um órgão governamental, a Polícia Federal afirmou que a "corregedoria irá avaliar se o caso demanda instauração de inquérito".