Pastor Abner Ferreira pediu que o presidente Lula faça uma retrataçãoReprodução

Rio - O pastor Abner Ferreira criticou, nesta terça-feira (20), a comparação feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entre a guerra na faixa de Gaza e o Holocausto. O presidente da Assembleia de Deus em Madureira afirmou que Lula teve uma fala "infeliz" e pediu que o presidente tenha humildade para se desculpar pela comparação feita no domingo (18), em visita à Etiópia.
"Ele desmereceu a nação de Israel quando evocou o que há de mais cruel na história da vida de Israel, que foi a mortandade de 6 milhões de judeus inocentes. Nem de longe dá para comparar. Eu espero que o presidente Lula tenha humildade de reconhecer que ele passou do ponto e que esses improvisos dele causam muito mal. O pensamento do presidente Lula não é o pensamento dos evangélicos", comentou o pastor.
"O que está acontecendo em Israel é uma guerra que não foi provocada por Israel, e sim por um grupo terrorista que habita nas terras de Israel chamado Hamas. Em uma semana, dispararam 5 mil mísseis contra a nação de Israel, mataram 1,2 mil pessoas que estavam em uma festa. A resposta que Israel tinha que dar está dando. Nós não entendemos que a mortandade é o caminho para paz. O caminho para paz é os homens de bem se acertarem, se ajustarem, se concordarem e se respeitarem. Enquanto isso não acontece, é direito legítimo de Israel defender seu povo e sua terra. Espero que essa expressão maldita nunca mais soe da boca do nosso presidente", complementou.
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No domingo, Lula concedeu uma entrevista coletiva em Adis Abeba, capital da Etiópia, e comparou o extermínio de judeus na Alemanha nazista de Adolf Hitler com a guerra entre Israel e Hamas. O petista criticou o corte de financiamento da agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para refugiados palestinos depois de acusações israelenses de que a organização tinha integrantes do Hamas infiltrados. Em seguida, falou em genocídio.
"O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu. Quando Hitler resolveu matar os judeus", declarou o presidente.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Kratz, declarou o Lula persona non grata no país até que ele se retrate das afirmações.