Criança da foto não se chama Laura, como sugerido na campanhaFoto: Reprodução/Fantástico
De acordo com o promotor Sauvei Lai, da 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial da área Ilha do Governador/Bonsucesso, os acusados criaram um perfil falso em rede social e postaram fotos de uma menina, bem como documento médico falso que atestava ser ela portadora de câncer. Sauvei afirma que os acusados conseguiram causar comoção pública com a fraude.
"Embora a criança exibida na campanha exista e é doente, ela não tinha nenhum vínculo com os dois estelionatários, que recolheram para si todo o dinheiro arrecadado. Os denunciados são criminosos habituais e já atuaram com o mesmo modus operandi, criando campanha fraudulenta de arrecadação de fundos para um falso tratamento de outras crianças", pontuou a promotoria.
O esquema foi denunciado pela irmã de Luiz Antônio, a taxista Stephani Santos Barbosa. Ela começou a desconfiar do irmão e da cunhada, que passaram a ostentar luxos que pareciam incompatíveis com o padrão de vida deles. Stephani alertou às vítimas e contou o que sabia para a Polícia Civil, que abriu inquérito para investigar o caso.
Uma das vaquinhas falsas pedia dinheiro para os gastos com Laura Oliveira Santos. O nome é fictício, mas a foto exibida é de uma criança que existe e realmente está com câncer. O texto dizia que a menina sofre com um tumor nos olhos e que a família precisa de dinheiro para a realização de uma segunda cirurgia e exames.
Tainara e Luiz Antônio foram à delegacia, nesta segunda, e prestaram depoimento aos investigadores. Durante a oitiva, Tainara admitiu ter feito a vaquinha falsa, mas alegou ter agido sozinha. Segundo ela, o marido não sabia de nada. A advogada que representa o casal, Lívia Madeira, disse que Tainara planejou a farsa porque estava com dificuldades financeiras.
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