Mototaxista de 44 anos foi encontrado por bombeiros na Rua LicaniaReprodução / Redes sociais

Rio - A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga o assassinato a tiros de um mototaxista de 44 anos, que ainda não teve a identidade revelada, na Gardênia Azul, Zona Oeste do Rio, na noite desta sexta-feira (1°). Segundo a Polícia Militar, uma equipe do 18º BPM (Jacarepaguá) foi acionada para a Rua Licania, onde bombeiros do quartel da Barra da Tijuca encontraram e retiraram o corpo da vítima da via.
Nas redes sociais, perfis relataram que criminosos executaram o homem. "Um 'mototáxi' foi executado agora na Gardênia Azul", escreveu um deles. "Foi o Comando Vermelho que matou", disse outro. 
Agentes da DHC fizeram uma perícia no local e buscam imagens de câmeras que possam ajudar a identificar os autores do crime. "Diligências estão em andamento para confirmar a identificação da vítima e esclarecer os fatos", afirmou a nota da polícia. Ainda não há informações sobre o sepultamento do mototaxista. 
Gardênia Azul em guerra
Dia 17 de janeiro, o líder comunitário da Gardênia Azul, Marlon Schuengue da Silva, de 30 anos, conhecido como Marlon Alemão, foi executado em um restaurante, na Rua Xingú. Uma semana depois, um confronto entre criminosos rivais no bairro, durante a madrugada, deixou mais dois mortos e um ferido. No dia também foi encontrado corpo de um homem, identificado como Carlos Henrique Moura, de 28 anos, em um valão.

Dia 30 de janeiro, um homem identificado como David Martins do Carmo, de 35 anos, foi encontrado esquartejado na Avenida Canal do Anil, na Gardênia Azul.

Dia 8 de fevereiro, um homem morreu e outro ficou ferido durante uma troca de tiros também na comunidade. Um terceiro envolvido no confronto fugiu em direção à Cidade de Deus. Moradores chegaram a colocar fogo em um veículo durante manifestação.

Duas semanas depois, no dia 22, uma pastora evangélica foi baleada em um confronto. Marta de Jesus Gomes, de 44 anos, foi atingida durante uma troca de tiros entre criminosos rivais na Gardênia.

Dia 24, um suspeito de integrar a milícia armada também foi assassinado na comunidade. A região vive sob uma disputa por territórios travada por traficantes do Comando Vermelho (CV) e milicianos.