Mosquito Aedes aegypti é o transmissor da dengue, zika e chikungunya Divulgação / SES

Rio - A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) anunciou, na manhã desta sexta-feira (29), o fim da epidemia de dengue no Rio. Segundo a pasta, houve queda no número de casos e melhora na situação da doença no município. Até o momento, o Rio registrou sete óbitos e quase 100 mil casos da doença. A prefeitura informou, ainda, que os polos de atendimento que estavam sendo usados para a dengue serão direcionados para a vacinação contra a gripe.
O fim da epidemia significa que os casos diminuíram e que não há um colapso pelo excesso de atendimentos nos postos de saúde. No entanto, a prefeitura recomenda que os cuidados com a prevenção dos focos devem ser mantidos para que o quadro epidemiológico não piore.
"Com a redução do número de casos de dengue, a gente já pode ir desmobilizando os polos de atendimento e levando toda essa força de trabalho para o cuidado e vacinação contra influenza. Hoje, temos menos de 500 casos de dengue por dia na cidade do Rio, o que coloca q gente em um cenário epidemiológico muito mais favorável, podendo considerar o fim do estado de emergência e o fim do período epidêmico de dengue na cidade. Foi uma epidemia com 82 mil casos de dengue e sete óbitos, foi uma epidemia que, de fato, a atuação dos profissionais de saúde reduziu a taxa de letalidade da doença e a taxa de internação", disse o secretário municipal de saúde, Daniel Soranz, ao DIA.
Soranz agradeceu, ainda, aos cariocas que auxiliaram no combate à doença, eliminando os focos do mosquito Aedes aegypti. "Gostaria de agradecer ao carioca que dedicou 10 minutos da sua semana para eliminar o foco do mosquito e continuar reforçando a importância do combate ao foco do mosquito e à doença", ressaltou o secretário.
É altamente recomendado evitar água parada em recipientes, como vasos de planta, pneus velhos, piscinas, garrafas, entre outros; limpar lixeiras, ralos, bebedouros de animais e objetos que possam acumular água; não despejar lixo irregularmente em terrenos baldios ou em outros locais inadequados.
O imunizante contra a doença segue disponível para crianças de 10 a 14 anos. Desde o início da vacinação, já foram aplicadas 100 mil doses. Para receber o imunizante, o menor de idade deve estar acompanhado de um responsável e apresentar carteira de identidade ou certidão de nascimento. O esquema vacinal é de duas doses, com um intervalo de três meses entre elas. A faixa etária da campanha foi selecionada pelo Ministério da Saúde por apresentar maior risco de hospitalização pela doença.
Febre alta, dor atrás dos olhos, no corpo e nas articulações, mal-estar e manchas vermelhas na pele são os principais sintomas da dengue. Nos primeiros sinais da doença, as pessoas devem procurar atendimento médico para o diagnóstico precoce e a eliminação dos riscos de agravamento.
Estado do RJ
O estado do Rio de Janeiro alcançou, nesta quinta-feira (28), a marca de 71 óbitos por dengue apenas este ano. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), os casos prováveis são 171 mil e as internações 4,7 mil. Desde o último boletim divulgado pela pasta, o aumento foi de oito mortes. 
O estado decretou epidemia de dengue em 21 de fevereiro. O número de casos registrados, à época, era de 20 vezes acima do esperado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).