Padre Alexandre Paciolli foi preso em Fortaleza, no CearáDivulgação / Arquivo / Canção Nova

Rio - O padre Alexandre Paciolli Moreira de Oliveira, preso na semana passada por ser suspeito de estupro de vulnerável, agora é alvo de uma comissão apuratória criada da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). A equipe também fornecerá acolhimento e orientação em possíveis casos relacionados ao padre.

Segundo a instituição de ensino, Paciolli esteve à frente da igreja que fica na universidade entre abril de 2016 e março de 2022. Ele foi preso no dia 2 deste mês, em Fortaleza, no Ceará, alvo de uma denúncia de crime que aconteceu entre agosto de 2022 e janeiro de 2023.

O caso de importunação sexual e estupro de vulnerável contra uma mulher aconteceu em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio. De acordo com as investigações da Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Nova Friburgo, o padre se utilizou da ingenuidade e da fé da vítima para abusar da vítima, sob o contexto de que ela passava por fortes dores e não oferecia resistência por ter o denunciado como um "sagrado protetor".
Além disso, a Arquidiocese do Rio de Janeiro já recebeu diversas notícias de abusos sexuais que teriam sido cometidos por Paciolli, havendo outras investigações policiais em curso.
A denúncia do MPRJ ressalta que o acusado é um líder religioso da Igreja Católica, considerado carismático e influente. Alexandre foi responsável pela Igreja da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) até 2022, atuou a frente da Igreja de São José, trabalhou como apresentador na TV Canção Nova e fundou a Comunidade Olhar Misericordioso.
Na televisão, Paciolli chegou a comandar um programa dedicado às mulheres, denominado "Mulheres de Fé", e, nas redes sociais, alcança cerca de 200 mil pessoas por meio de sua conta pessoal e da conta de sua comunidade.
A 1ª Vara Criminal de Nova Friburgo expediu mandado de prisão preventiva contra o religioso, que foi preso no início da tarde desta quarta-feira na casa de seu pai, durante ação conjunta da promotoria e das polícias civis do Rio e do Ceará.
O MPRJ se coloca à disposição de outras eventuais vítimas de Alexandre Paciolli Moreira de Oliveira, através de seus canais de atendimento, para dar início a novas investigações.