Corpo de Daniele Leal será sepultado no Cemitério de Campo Grande, na Zona OesteReprodução/Redes sociais

Rio - O corpo de Daniele Leal Maia, morta pela companheira em Santa Cruz, na Zona Oeste, foi sepultado nesta terça-feira (30), no Cemitério de Campo Grande, às 16h. Familiares e amigos da vítima chegaram a fazer uma 'vaquinha' virtual para ajudar nas despesas do enterro. A companheira da vítima, Camila Gomes de Souza, foi presa em flagrante, na noite de segunda-feira (29), por feminicídio.
De acordo com as investigações da 35ª DP (Campo Grande), responsável pelo caso, Camila jogou a namorada da janela de um apartamento na Rua Tasso Blasso, em Santa Cruz. Inicialmente, Camila alegou que a companheira se jogou após uma discussão. No entanto, a polícia suspeitou da versão e deu início à investigação. Na distrital, testemunhas disseram que as duas discutiram em um bar, onde Camila ameaçou Daniele de morte.
Violência contra a mulher
No dia 8 de abril, Wanessa Gonçalves de Oliveira, de 37 anos, foi encontrada morta dentro de casa com ferimentos na cabeça, no Jacaré, Zona Norte do Rio. A vítima teria sido assassinada com uma machadinha e, segundo familiares, o suspeito é o companheiro dela, Gleidson Batista, de 41 anos. Ele foi preso na sexta-feira (26), após se entregar na sede da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), na Barra da Tijuca. Segundo a Polícia Civil, logo após o crime, ele se escondeu na comunidade onde morava com a vítima para evitar a prisão.
No dia 20 de abril, mais uma vítima, dessa vez na Região Serrana do Rio. A analista do Tribunal de Contas do Rio (TCE-RJ), Karen Mancini foi vítima de feminicídio em Nova Friburgo. O principal suspeito é o companheiro dela, Clodoaldo Queiroz de Oliveira, de 41 anos, que foi preso dois dias depois do crime.
Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) mostram que houve um aumento de 33% em casos de feminicídio registrados em janeiro deste ano em comparação com o mesmo período de 2023 no estado do Rio. Em relação às tentativas de feminicídio, os números cresceram 20%.
De acordo com levantamento do Instituto, apenas no primeiro mês deste ano houve registro de 12 mulheres assassinadas e de 35 vítimas de tentativas de feminicídio. Em janeiro do ano passado, foram nove mortes e 29 tentativas.