Carlos Eduardo Freire de Brito Filho foi preso por agentes da 5ª DP (Mem de Sá)Reprodução

Rio - Carlos Eduardo Freire de Brito Filho, preso por fotografar e filmar partes íntimas de jogadoras de vôlei, confessou que utilizava as imagens "para lascívia própria, como masturbação". Ele disse à polícia que armazenava os registros no computador e celular, que foram apreendidos e estão sendo analisados pela 5ª DP (Mem de Sá). Ele foi detido na terça-feira (21) em um hotel de Copacabana, na Zona Sul, onde estava hospedado. 
Segundo as investigações, Carlos Eduardo fez as imagens durante as partidas da Liga das Nações de Voleibol (VNL), no Maracanãzinho, na Zona Norte. Ele fotografou Brasil x Estados Unidos, em 17 de maio, além de Sérvia x China e Canadá x Tailândia, ambas no dia 18. O homem prestava serviços para Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), mas não era fotógrafo e nem sequer tinha autorização para estar nos jogos. A câmera usada no crime pertencia a ele. 
Ainda de acordo com as investigações, que tiveram apoio da CBV, o material era semiprofissional e estava equipado com lentes de aumento, com objetivo de filmar e fotografar as partes íntimas das atletas durante os jogos. Uma equipe de inteligência da empresa de vigilância contratada pela Confederação conseguiu flagrar o momento em que ele utilizava o equipamento para gravar as vítimas e o denunciou. Carlos Eduardo vai responder por importunação sexual e registro não autorizado da intimidade sexual.
Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão, agentes encontraram os vídeos gravados no Maracanãzinho e também de jogos de vôlei de praia disputados no Recife, em Pernambuco, onde Carlos Eduardo mora. Os policiais civis apreenderam a câmera, um notebook, celular e dois cartões de memória. Ele foi encaminhado para o sistema prisional. 
Em nota, a CBV afirmou que recebeu as informações de uma empresa contratada para fazer a segurança da etapa brasileira da Liga das Nações de que um dos prestadores de serviço do evento estava realizando gravações inadequadas.
"Assim que tomou conhecimento do caso, a CBV fez um Registro de Ocorrência na 5ª DP, deu todo o suporte às investigações, e seguiu todas as determinações das autoridades policiais responsáveis pelo caso. O referido prestador de serviço foi afastado de forma definitiva e o vínculo com ele foi rompido. A CBV reitera que não tolera qualquer tipo de assédio ou desrespeito; que zela pela integridade de todos que participam de suas competições; e que está sempre à disposição para colaborar e atuar em conjunto com as autoridades legais. Além de prezar pela contratação de uma empresa de segurança qualificada e preparada em seus eventos, a CBV possui um Canal de Denúncia aberto para atletas, público e demais envolvidos nas competições", comunicou.