Corpos dos pais foram incendiados no segundo andar da casa na Taquara, Zona Oeste do Rio. O caso teria ocorrido após um desentendimento entre os pais e o adolescenteGabriel Salotti
"Passava aqui na rua, sempre meio pacato, tranquilo, não falava com muita gente. Jogava bola aqui no campo próximo, praticava jiu-jitsu com uns conhecidos meus, só que ultimamente ele andava meio agitado. Parecia nervoso. Passava olhando diferente e já não cumprimentava as pessoas. Mesmo assim não imaginávamos que poderia acontecer isso. Não imaginávamos que ele poderia ser capaz de fazer isso", disse Felipe Campos, 32 anos, vizinho da família.
Segundo o organizador de eventos, o crime parece ter acontecido depois de um desentendimento entre o adolescente e os pais: "Ficamos surpresos. Ninguém entendeu nada. Parece que ele queria ir para a aula de jiu-jitsu e os pais não queriam. É o que dizem que motivou. Mas é estranho porque parece que eles se davam bem".
De acordo com a Polícia Militar, foi o próprio adolescente que ligou para a corporação e para o Corpo de Bombeiros durante a madrugada.
O comerciante e vizinho do casal Valter Junior, 53 anos, disse que o adolescente era filho de criação das vítimas, mas que não havia nenhum tratamento diferenciado. Apesar da aparente boa relação com a família, o vizinho revela que também percebia atitudes agressivas por parte do menor.
Para o comerciante, a estratégia de colocar o adolescente no jiu-jitsu teria sido justamente para tentar minimizar as atitudes agressivas dele. "Claudio colocou ele no jiu-jitsu justamente para acalmá-lo. Nunca foi maltratado e sempre recebeu melhor educação possível. Estamos em estado de choque com tudo isso", disse.
"Ele sempre teve esse perfil meio agressivo. Era uma criança agressiva. Eles brincando juntos sempre tinha confusão e ele se demonstrava agressivo o tempo todo. As crianças brincavam, mas a gente sempre ficava preocupada e prestando atenção na reação dele", lembrou.
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