Raphael Barroso Leoni foi baleado em um salão de festas de Bento Ribeiro em abrilReprodução

Rio - O policial militar Raphael Barroso Leoni, de 35 anos, que foi baleado em um ataque de criminosos a um salão de festas de Bento Ribeiro, na Zona Norte do Rio, em abril, morreu, nesta segunda-feira (3), após ficar mais de um mês internado no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, também na Zona Norte.
No dia 13 de abril, o agente estava de folga e foi até um aniversário comemorado em um salão de festas na Rua Araraquara. Em determinado momento, um grupo de homens armados chega no local em um carro. Os suspeitos descem do veículo e abordam um homem que chegava na confraternização. A vítima, que possuía um registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), foge para dentro do espaço e troca tiros com os criminosos.
Durante o confronto, Raphael foi atingido. Segundo informações preliminares, o agente teria sido baleado seis vezes. Ele foi socorrido e levado ao Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes. Depois, o policial foi transferido para o Hospital Estatual Getúlio Vargas, na Penha, onde ficou internado até esta segunda-feira (3), dia de sua morte. Durante sua internação, uma campanha de doação de sangue foi realizada para ajudá-lo.
Através das redes sociais, parentes e amigos lamentaram a perda do policial. Robson Barroso, tio da vítima, disse que o sobrinho era uma pessoa especial e destacou as memórias que tinha com o parente.
"Você não foi apenas um sobrinho, mas uma pessoa especial que conquistou meu respeito e admiração. Agora choro sua dolorosa partida. Uma morte tão injusta que é impossível não sentir um pouco de revolta com algo tão difícil de compreender. Ficarão as memórias dos momentos que compartilhamos e, se há algo que me deixa feliz, é saber que você estará eternamente no meu coração. A vida tem que forçosamente continuar, mesmo que sejamos confrontados com estes obstáculos. Descanse em paz, sobrinho!", publicou.
Leoni era lotado no 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes) e estava na corporação desde 2019. Ele deixa três filhos e a mulher. 
O enterro do PM aconteceu na tarde desta terça-feira (4) no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio.
Ataque deixou outros mortos e feridos
A troca de tiros terminou com cinco pessoas que estavam na festa baleadas, incluindo Raphael e o homem que reagiu à abordagem dos criminosos. Todas as vítimas foram socorridas e levadas até o Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes. Wilson Henrique Nascimento, de 51 anos, não resistiu aos ferimentos.
Além das cinco pessoas que estavam na festa, dois criminosos foram baleados e fugiram, junto com outros três. Posteriormente, um dos suspeitos feridos deu entrada no Carlos Chagas e também morreu.
Na época, a Polícia Militar informou que os criminosos que chegaram no salão de festas eram da comunidade da Chacrinha, na Praça Seca, na Zona Oeste do Rio, e procuravam alguém específico. Segundo a corporação, o ataque foi motivado por traficantes do Comando Vermelho (CV), facção responsável pela maioria das tentativas de expansão de domínio territorial no Rio.
O caso foi registrado na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Questionada sobre o andamento da investigação, a Polícia Civil ainda não respondeu. O espaço está aberto para manifestação.