Júlia teria envenenado o namorado com 50 comprimidos dentro de um brigadeirãoReprodução

Rio - A Polícia Civil investiga se Júlia Andrade Carthemol, suspeita de matar o namorado Luiz Marcelo Antônio Ormond com um brigadeirão envenenado, está recebendo ajuda de parentes na Região dos Lagos do Rio para se manter foragida. Conforme apurado pelo DIA, Júlia pode ter buscado abrigo em casas de pessoas próximas antes mesmo de prestar depoimento na 25ª DP (Engenho Novo), no último dia 22.
Nesta terça-feira (4), os investigadores aguardavam Carla Cathermal Faria e o policial civil aposentado Marino Bastos Leandro, mãe e padrasto de Júlia, respectivamente, na 25ª DP. No entanto, por não comparecerem no horário combinado, policiais civis se deslocaram até a residência da família para se certificar que eles iriam à distrital.
A Polícia Civil também iniciou uma nova investigação para descobrir onde as duas armas da vítima estão. De acordo com a investigação, os armamentos foram roubados do apartamento do empresário por Júlia e entregues à cigana Suyany Breschak como parte do pagamento de uma dívida que a suspeita tem com ela. As armas podem ter sido vendidas para terceiros. 
O que diz a polícia
As investigações apontam que Júlia é suspeita de ter posto 50 comprimidos dentro de um brigadeirão e oferecido ao empresário, que em seguida foi dopado com remédios controlados. Contra ela, há um mandado de prisão temporária por homicídio qualificado. A mulher já é considerada foragida.
De acordo com o laudo pericial, Luiz foi morto três ou seis dias antes do corpo ser localizado. A família da vítima contou ao DIA que a última fez que ele foi visto foi no dia 17 deste mês, justamente na companhia de Júlia. Segundo as investigações da 25ª DP, a suspeita dormiu ao lado do cadáver do namorado durante o fim de semana e, na segunda-feira (20), fugiu do apartamento levando pertences do empresário e o carro dele.
No decorrer do inquérito, os agentes apuraram que a namorada de Luiz Marcelo, com a ajuda da cigana Suyana Breschak, presa na última semana em Cabo Frio, na Região dos Lagos, se desfez dos bens do namorado, inclusive de seu carro. O veículo foi levado para o município onde Suyana foi presa depois de supostamente ter sido vendido por uma quantia de R$ 75 mil.
À polícia, a cigana disse que a autora tinha uma dívida com ela de cerca de R$ 600 mil. Suyana disse, ainda, que Júlia contou à ela que não aguentava mais a relação com o empresário. "Ela me disse: 'Não estou mais aguentando esse porco, esse nojento, eu vou matar ele", disse. Segundo ela, Júlia confessou ter matado Marcelo com o uso do medicamento Dimorf. Ela teria colocado 50 comprimidos moídos em um brigadeirão servido ao namorado.
A cigana revelou que Júlia levou o carro de Luiz Marcelo até ela no sábado (18), como pagamento de parte da dívida. No veículo, estavam vários objetos da vítima, como um computador e armas legalizadas.