Carlos Vinicius Moreira dos Santos é procurado pelo homicídio do jovem Lyan CarlosReprodução

Rio - A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) busca informações sobre o paradeiro de Carlos Vinicius Moreira dos Santos, conhecido como Pipito e Borel, acusado de matar a tiros o jovem Lyan Carlos Faria Baptista da Silva, de 20 anos, em Manguinhos, na Zona Norte do Rio, em fevereiro. No último dia 29, o homem virou réu pelo homicídio.
As investigações da especializada identificaram que Carlos executou Lyan por motivo torpe e sem chance de defesa, na Rua Rosa da Fonseca, na comunidade do Amorim. Segundo o apurado, a vítima já vinha sendo ameaçada pelo criminoso. 
No dia 27 de fevereiro, a DHC pediu a prisão temporária do homem, que foi aceita pela Justiça. O Ministério Público do Rio (MPRJ) denunciou Carlos por homicídio e, no dia 29 de maio, o juízo da 3ª Vara Criminal do Rio, o tornou réu e decretou sua prisão preventiva com o objetivo de garantir a ordem pública.
"O exame dos autos revela que o acusado, que teve neste ato recebida a denúncia, é apontado como autor de grave crime de homicídio qualificado por motivo torpe (em razão de vingança) e meio que dificultou a defesa da vítima (atacada pelas costas).  Ademais, ainda como fundamento do periculum libertatis, torna-se necessária a prisão do acusado para garantia da instrução criminal, com o livre depoimento das testemunhas", diz a sentença.
Quem tiver informações sobre  paradeiro de Carlos pode denunciar, de forma anônima, ao Disque Denúncia através da Central de atendimento: (021) - 2253 1177 ou 0300-253-1177, do WhatsApp: (021) - 99973 1177 e do aplicativo Disque Denúncia RJ.
Relembre o caso
Lyan Carlos foi assassinado a tiros, na tarde do dia 25 de fevereiro, no Morro do Amorim, em Manguinhos, na Zona Norte do Rio. Segundo a família, o jovem foi morto pelo criminoso, que estava embriagado.
Em uma de suas redes sociais, uma prima da vítima contou que o jovem estava na porta de uma barbearia após o cortar o cabelo quando um homem "completamente transtornado", que teria passado o dia bebendo, começou a intimidar todos dentro do estabelecimento com uma arma. Lyan então teria saído do local com um amigo, mas foram seguidos por Carlos.
"Meu primo e mais um, com medo talvez, saíram e foram para outra parte da rua e esse homem foi atrás e super alterado. Completamente embriagado, indagou mostrando a arma: 'Estão falando de mim? Fala aí agora' com a arma em punho. E quando perceberam o perigo, correram e o homem foi atrás fazendo disparos contra eles. Um tiro acertou ao meu primo e logo caiu. Ainda correndo, o amigo conseguiu despistar o atirador, que ao perceber que não o alcançaria, voltou onde já estava caído o meu primo baleado e terminou de descarregar as suas munições", escreveu na época.
Lyan, que serviu no Exército, foi definido pela prima como um jovem carinhoso, preocupado e grudado com outros familiares. Segundo a prima, ele gostava de festas, bailes e andar de moto, atividades que pessoas de sua idade também gostam, mas que preocupavam a família pelo risco de acontecer algum acidente.
O enterro de Lyan aconteceu no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, Zona Portuária do Rio, no dia 27 de fevereiro.