Pais e alunos realizaram manifestação para pedir fim da greve no Colégio Pedro IIReprodução / Redes sociais / Arquivo
Após três meses de greve, Colégio Pedro II decide manter férias de julho
Ano letivo de 2024 começou no dia 1º de julho, mas terá paralisação por 15 dias
Rio - Após três meses de greve, as aulas do Colégio Pedro II serão paralisadas novamente a partir da próxima segunda-feira (15). Em reunião realizada nesta terça-feira (9), o Conselho Superior da instituição (Consup) decidiu manter as férias de julho, que se estenderão até o próximo dia 29.
A decisão tem provocado críticas por parte de pais e alunos, que pedem a reposição do calendário escolar de 2024, iniciado no dia 1º de julho. Nas redes sociais, responsáveis destacaram o prejuízo causado aos estudantes que prestarão vestibular, além de sugerirem que a pausa poderia ter sido agendada para o período de feriados municipais criados por conta dos encontros da Cúpula do G20, que acontecem em novembro.
"Férias depois de greve? E as crianças, como ficam? Que vergonha", comentou um perfil nas redes do colégio. "Férias são justas, mas poderiam jogar as férias para o período do G20, que já terá feriado forçado", ressaltou outro.
"Quem está tomando essas decisões? Os alunos do terceiro ano vão se formar quando? O Colégio Pedro II não é mais o mesmo", criticou um usuário. "Desde dezembro em casa, duas semanas de aula em julho e já meteram férias", questionou mais um.
A greve dos funcionários da escola acompanhou um movimento em todo o país e teve o objetivo de reivindicar a reestruturação das carreiras, além da recomposição salarial da categoria. No último dia 19, o Sindicato dos Servidores do Colégio Pedro II (Sindscope) decidiu indicar a suspensão da greve à Plenária Nacional mediante a assinatura de um acordo com o Governo Federal, o que aconteceu no fim de junho. De acordo com a classe, as perdas salariais no últimos anos chegam a 50%.
O movimento reuniu trabalhadores em 21 estados, em mais de 250 unidades de ensino da Rede Federal de Educação. A greve também incluiu professores e funcionários dos institutos federais, Instituto Nacional de Educação de Surdos e Instituto Benjamin Constant.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.