Assembleia aconteceu no campus Tijuca II do Colégio Pedro II, nesta terça-feiraReprodução / Google Street View

Rio - As aulas do Colégio Pedro II devem retornar na próxima segunda-feira, dia 1º de julho. O retorno depende da assinatura de um acordo entre os grevistas e o governo federal, o que está previsto para acontecer nesta quinta-feira (27). Na tarde desta terça (25), servidores realizaram uma assembleia no campus Tijuca II, na Zona Norte, para analisar o resultado da Plenária Nacional da categoria e debater sobre as diretrizes para a elaboração do calendário de reposição.
A paralisação, que já dura três meses, tem o objetivo de reivindicar a reestruturação das carreiras e a recomposição salarial da categoria. No último dia 19, o Sindicato dos Servidores do Colégio Pedro II (Sindscope) decidiu indicar a suspensão da greve à Plenária Nacional mediante a assinatura do acordo. De acordo com a classe, as perdas salariais no últimos anos chegam a 50%.
Três dias depois, o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) realizou uma votação, em Brasília, que concordou em aceitar os termos oferecidos pelo Governo Federal aos técnico-administrativos e docentes. O movimento reúne trabalhadores em 21 estados, em mais de 250 unidades de ensino da Rede Federal de Educação. A greve também inclui professores e funcionários dos institutos federais, Instituto Nacional de Educação de Surdos e Instituto Benjamin Constant.
"A plenária do sindicato nacional referendou a posição da última assembleia do Sindscope e deliberou pela suspensão da greve de técnicos e docentes da rede federal de educação básica, técnica e tecnológica após a assinatura do termo de acordo com o governo", comunicou o Sindscope em nota.
Segundo a Seção Sindical do Colégio Militar do Rio de Janeiro, o ato tratou-se da maior greve em números absolutos, na qual a adesão chegou a atingir 562 das 682 unidades da Rede Federal de Educação, Ciência e Tecnologia. O sindicato informou que tiveram avanços relevantes nas carreiras de técnico-admistrativos e de docentes, além de uma previsão de reajuste para 2025 e 2026, apesar de ficar abaixo daquilo que foi reivindicado pela categoria.