Rio - O quarto dia da Operação Ordo deu início às ações sociais do programa RJ Para Todos. A caravana de serviços começou, nesta quinta-feira (18), em Rio das Pedras, uma das 14 comunidades da Zona Oeste alvos da ação. Os interessados nos atendimentos puderam procurar à Associação de Moradores do bairro entre 8h e 13h. A Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) também distribuiu água para a população da região.
Segundo o Governo do Estado, a população teve acesso a documentação básica, como primeira e segunda via do RG, e isenções para certidões de nascimento, casamento e óbito. Também foram disponibilizados serviços de orientação sobre os direitos do consumidor, migração e refúgio, oportunidades de emprego, carteira de trabalho digital, massoterapia, corte de cabelo, manicure, trança tererê e atendimento para pessoa com deficiência e idosos.
A ação foi realizada pelas as secretarias de Trabalho e de Desenvolvimento Social, além da Cedae, Detran.RJ, Fundação Leão XIII, Procon e Faetec. A operação Ordo também tem foco no restabelecimento de serviços como água, energia, gás, TV e internet e, às 11h, os secretários de Segurança Pública, Victor dos Santos, da Casa Civil, Nicola Miccione, e de Governo, André Moura, se reúnem com representantes das concessionárias Naturgy, Light, Iguá e Águas do Brasil para alinhar a atuação integrada, no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na Cidade Nova, na Região Central.
A megaoperação acontece nas comunidades do Cesar Maia, Cidade de Deus, Fontela, Gardênia Azul, Morro do Banco, Muzema, Rio das Pedras, Sítio do Pai João, Terreirão e Tijuquinha, nos bairros da Barra da Tijuca, Jacarepaguá, Itanhangá, Recreio, Vargem Grande e Vargem Pequena. Nesta quarta-feira (17), a atuação foi ampliada para os Morros do Jordão, Covanca, Bateau Mouche e Santa Maria, também na Zona Oeste.
Em quatro dias de operação, foram presas 67 pessoas. Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira no CICC, o secretário interino da Polícia Civil, Alexandre Capote, informou que 80% das prisões foram relativas a atividades exercidas ilegalmente, que impõem serviços a populações de territórios dominados por organizações criminosas, como empresas irregulares de internet, fábricas de gelo, fábricas de gesso, entre outras.
Ação realiza demolições e monitora transportes clandestinos
Na manhã desta quinta-feira, a Secretaria de Estado do Ambiente (Seas) e o Instituto Estadual do Ambiente (INEA), localizaram uma empresa de distribuição de água que operava de forma irregular e sem documentação, em Vargem Grande. Na vistoria, os técnicos encontraram oito cisternas de 20 mil litros em situação precária, com apenas quatro reservatórios em funcionamento. Os tanques também estavam sem hidrômetro.
As equipes descobriram que a água usada pela empresa era extraída irregularmente de dois poços tubulares, oferecendo risco à saúde humana. O responsável recebeu uma notificação cautelar de suspensão total para cessar a extração de água e a atividade foi interrompida. O Linha Verde do Disque Denúncia recebe informações pelos telefones 0300 253 1177 (interior, custo de ligação local) e 2253-1177 (capital); no aplicativo para celular Disque Denúncia Rio, onde usuários podem denunciar anexando fotos e vídeos. O anonimato é garantido.
Na Muzema e na Ilha da Gigóia, na Barra da Tijuca, o 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes) atua na demolição de construções irregulares. Outros equipes da Polícia Militar também monitoram três pontos de Jacarepaguá e um da Taquara em busca de transporte irregular, com apoio de agentes da Prefeitura do Rio, Detran e do Departamento Departamento de Transportes Rodoviários (Detro-RJ). A fiscalização abordou 108 veículos, autuou 70 e removeu dois carros e nove motocicletas.
No último bairro, órgãos de segurança e ordem pública realizam operação contra um ferro-velho irregular, junto com as concessionárias. O alvará estava irregular e o local foi interditado por 48 horas. Na Cidade de Deus, dois cães farejadores do Batalhão de Ações com Cães (BAC) descobriram dois toneis enterrados com mais 2,3 mil munições para fuzis de diferentes calibres, cinco granadas, duas pistolas e 20 carregadores. A apreensão causou prejuízo de mais de R$ 177 mil às organizações criminoas. A Polícia Civil faz o monitoramento das comunidades, além da região da Chacrinha, na Praça Seca.
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