Mulher de 59 anos realizou sonho de conhecer Cristo RedentorReprodução
De acordo com o Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro (MPT-RJ), a vítima também não possuía conta bancária, nem tinha relações pessoais ou sociais. As investigações apontaram ainda que, antes de sua vinda para o Rio de Janeiro, a mulher trabalhou para familiares dos atuais patrões desde os 13 anos.
Durante esse período, ela teria trabalhado para seu atual empregador, e agora cuidava de seus filhos como parte das tarefas na residência. Ao todo, foram 46 anos servindo à família.
Para Diego Folly, Auditor-Fiscal do Trabalho que atuou no caso, é importante que a sociedade fique atenta, pois o trabalho doméstico análogo ao de escravizado é difícil de ser combatido sem a denúncia das pessoas, pois se trata de uma atividade desempenhada no resguardo do lar.
“A configuração de trabalho doméstico análogo ao de escravizado vai muito além da constatação de irregularidades trabalhistas, essa exploração deixa marcas psicológicas e morais indeléveis na formação do ser humano”, explica.
A mulher foi resgatada, no dia 2 de julho, em uma operação conjunta com a Auditoria-Fiscal do Trabalho, mas as audiências realizadas para garantir os direitos da trabalhadora foram concluídas na última quinta (18).
O MPT firmou termo de ajustamento de conduta (TAC) com o empregador, garantindo o reconhecimento do vínculo de emprego e o pagamento de salários e das verbas trabalhistas do período, além de indenização por dano moral. A trabalhadora foi atendida pela equipe do Projeto Ação Integrada, projeto de Cáritas Arquidiocesana mantido com recursos destinados pelo MPT-RJ.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.