Um casal de mestre-sala e porta-bandeira se apresentou no evento, com o Cristo em verde e rosa ao fundoPedro Teixeira/ Agência O Dia

O Cristo Redentor 'vestiu' verde e rosa. O motivo: Nelson Sargento (1924-2021), cantor, compositor e baluarte da Estação Primeira de Mangueira completaria 100 anos nesta quinta-feira (25).
Marcaram presença no evento - que também contou com uma missa - José Geraldo e Ronaldo, filhos de Nelson Sargento, e Cíntia, neta do sambista. Compareceram ainda outros integrantes da escola, como um casal de mestre-sala e porta-bandeira, que chegou a apresentar alguns passos.
Ronaldo aproveitou a ocasião para apresentar o projeto 'Samba! Agoniza, mas não morre - Nelson Sargento 100 anos'. A iniciativa consiste em quatro shows gratuitos na capital fluminense entre 6 de setembro e 30 de novembro.
Os filhos José Geraldo (esquerda) e Ronaldo (direita), que apresentou um projeto em homenagem ao pai -  Pedro Teixeira/ Agência O Dia
Os filhos José Geraldo (esquerda) e Ronaldo (direita), que apresentou um projeto em homenagem ao pai Pedro Teixeira/ Agência O Dia
SUCESSO TARDIO
No repertório de Nelson Sargento, estão composições de sucesso, como 'Prometo ser fiel', 'Agoniza, mas não morre' e 'Encanto da paisagem', dentre outras. O reconhecimento, entretanto, demorou a chegar.
Em 1955, aos 31 anos, escreveu com Alfredo Português 'Primavera', samba-enredo da Mangueira que também ficou conhecido como 'As Quatro Estações' e o tornou popular.
Cíntia, neta de Nelson Sargento, na missa -  Pedro Teixeira/ Agência O Dia
Cíntia, neta de Nelson Sargento, na missa Pedro Teixeira/ Agência O Dia
Sua carreira começou a ter destaque no espetáculo musical 'Rosa de Ouro', ao lado de Clementina de Jesus, Aracy Cortes, Paulinho da Viola, Zé Ketti, Elton Medeiros, Jair do Cavaquinho e Anescarzinho do Salgueiro.
Um ano após sua morte, recebeu outra homenagem. Em julho de 2022, deu nome à antiga Rua Projetada 1, prolongamento da Rua Visconde de Niterói até o encontro com a Avenida Bartolomeu de Gusmão, ligando Mangueira a São Cristóvão.
Além de baluarte, cantor e compositor, Nelson Sargento também foi presidente de honra da Verde e Rosa até 2021, quando faleceu após anos de luta contra um câncer e um diagnóstico de Covid-19.