Carla Nunes, de 65 anos, segue internada em estado grave no Hospital Geral de Nova IguaçuReprodução

Rio - Carla Nunes Camilo de Souza, de 65 anos, internada há 11 dias ao ser agredida em um assalto em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, passou por uma cirurgia na traqueia, nesta sexta-feira (2). Seu quadro ainda é considerado grave.
Ao DIA, Jorge Nunes, de 37 anos, filho da vítima, disse que os médicos retiraram a sedação e que ela está apenas com analgésico e antibióticos para controle de uma pneumonia, que segue intensa. Carla ainda não apresentou respostas neurológicas. Ela está internada no Hospital Geral de Nova Iguaçu sem previsão de alta.
"Hoje (sexta, 2), na visita, o médico informou que a traqueostomia foi realizada com sucesso, sem intercorrências. A sedação foi retirada e ela está apenas com analgésico e uma enorme combinação de antibióticos para controle da pneumonia, que ainda persiste de forma bem intensa. O quadro permanece grave, pois não trouxe respostas neurológicas, e como está sem sedação, agora é acompanhar o processo de despertar que vai acontecer bem lentamente, até que toda sedação saia do organismo dela", explicou.
De acordo com Jorge, os focos de hemorragias no cérebro não aumentaram e estão cedendo lentamente, já que depende da absorção do corpo, pois não há intervenções cirúrgicas a serem feitas. 
"Daqui pra frente é a reação do corpo dela, do acordar, para que os médicos possam passar informações sobre o quadro neurológico dela. Seguimos na corrente de fé", completou.
Relembre o caso
Carla estava a caminho do trabalho, na madrugada do dia 23 de julho, quando foi assaltada por dois homens em uma moto em um ponto de ônibus na Rua Pereira Henrique, no Jardim Palmares, em Nova Iguaçu. Na ação, ela foi brutalmente agredida pelos bandidos. Um vídeo que circulou nas redes sociais na época mostrou a vítima sentada no chão, sendo socorrida por populares, com ferimentos na cabeça e no corpo.
Os agressores fugiram com a bolsa da vítima. O crime está sendo investigado pela 56ª DP (Comendador Soares). Uma equipe da delegacia foi ao hospital e conversou com o filho de Carla, que registrou o caso.
Segundo a Polícia Civil, os agentes analisam imagens de câmeras de segurança e realizam outras diligências para esclarecer todos os fatos.