Cláudio Pedro da Silva tentou descer do ônibusReprodução
Polícia identifica dupla suspeita de assalto a ônibus na Avenida Brasil
O crime aconteceu em março deste ano; um passageiro tentou desarmar um dos bandidos e morreu
Rio - A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) identificou os dois suspeitos de participarem da tentativa de assalto que terminou com um passageiro morto na Avenida Brasil, altura da passarela 8, em Bonsucesso, Zona Norte do Rio. O crime aconteceu em março deste ano, quando a vítima tentou desarmar um dos bandidos. A 27ª Vara Criminal da Capital expediu, nesta sexta (9), os mandados de prisão contra a dupla, que já está presa.
De acordo com a polícia, Cláudio Pedro da Silva, de 45 anos, e um dos assaltantes, Roger Muller de Souza Tomaz, começaram a brigar quando o passageiro tentou deixar o veículo, segundos após o assalto ser anunciado. A briga entre os dois foi parar na calçada, quando a vítima foi atingida por um tiro no rosto e morreu no local.
O outro suspeito do crime, Fábio Augusto Silveira dos Santos, foi preso recentemente. Durante o depoimento, ele apontou Roger Muller como o segundo envolvido no crime e responsável pelo disparo que matou Cláudio.
Muller já havia sido preso uma semana após o crime, por roubo. Após der interrogado sobre o crime na Avenida Brasil, ele negou e disse não conhecer Fábio. Afirmou ainda fazer parte do tráfico de drogas da comunidade de Manguinhos. As investigações da polícia indicam que os dois são amigos de infância.
Ambos foram reconhecidos por diversas testemunhas. A 27ª Vara Criminal da Capital recebeu a denúncia, oferecida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, e expediu os mandados de prisão preventiva contra os investigados.
Segundo relato do motorista do coletivo, dois criminosos entraram no ônibus da linha 2425-D (Alcântara x Campo Grande) e anunciaram o crime, mas passageiro reagiu.
Na briga, o passageiro teria conseguido levar os assaltantes para fora do ônibus, onde o disparo aconteceu. A vítima foi atingida na cabeça e morreu ainda no local. "Ele estava indo trabalhar, porque a mochila dele estava cheia, com garrafa d'água e tudo. Fazer o que. (...) Como foi ele, poderia ser eu e qualquer outra pessoa", lamentou o motorista.
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