Sentido horário: o policial federal Sergio Luiz (alto esq.), o PM Saint Clair Ferreira, o vendedor Rafael Félix e a professora Layla MarinhoReprodução
Número de baleados em assaltos no Grande Rio cresce 17% em um ano
Recordista de registros de casos é a Zona Norte, com 58 casos e 21 mortes
Rio – Um levantamento do Instituto Fogo Cruzado aponta que os casos de assalto com vítimas baleadas tornaram-se mais frequentes no Grande Rio – capital e outros 17 municípios – este ano. Entre 1º de janeiro e 23 de agosto, em 134 assaltos ou tentativas, 142 pessoas foram baleadas, sendo que 58 morreram e 84 ficaram feridas. Já no mesmo período do ano passado, em 128 episódios com disparos de arma de fogo, 121 foram atingidos, dos quais 47 não resistiram. Ou seja, 17% de aumento.
Por região
No ranking de acúmulo de registros, a Zona Norte lidera: em 58 ocasiões com tiros efetuados – 43% do total de registros –, o saldo foi de 21 mortos e 33 feridos.
Dois casos recentes que chamaram atenção na região foram o do policial federal Sergio Luiz de Medeiros, morto na Rua Ildefonso Penalba, em Todos os Santos, durante abordagem de bandidos; e o do vendedor Rafael Felix Paulucci, de 20 anos, que não resistiu depois de ser baleado em confronto ocasionado por tentativa de assalto à loja onde trabalhava, em Rocha Miranda.
Em seguida, vem a Zona Oeste, com 25 assaltos com tiroteio – com nove mortos e 18 feridos; e a Baixada Fluminense, onde há registros, até 23 de agosto, de 21 ações, 12 mortos e 13 feridos.
Na Baixada, dois casos de repercussão foram o do policial militar Saint Clair Ferreira dos Santos, de 36 anos, que faleceu após ser baleado em tentativa de assalto nas proximidades da Vila Olímpica de Nilópolis; e o da professora Layla Marinho Paixão de Moraes, de 34 anos, também vítima fatal em tentativa de assalto em Belford Roxo.
Completam a lista, Leste Metropolitano, com 16 casos, nove mortos e 13 feridos; Centro, com nove tentativas, quatro mortos e quatro feridos; e Zona Sul, com cinco situações, três mortos e três feridos.
Por fim, dos 142 baleados neste ano, o Instituto Fogo Cruzado ressalta que 27 eram agentes de segurança que estavam fora do horário de serviço ou de folga. Destes, nove morreram e 18 ficaram feridos. Essa, aliás, é uma fatia do total de 63 agentes atingidos em 2024 em diferentes circunstâncias.
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