Justiça torna ré quadrilha por roubar R$ 10,4 mil de secretário de Estado de Planejamento e Gestão
Crime aconteceu em maio deste ano na Rua Erasmo Braga, no Centro; um dos acusados era motorista oficial do chefe de gabinete da Secretaria de Estado de Casa Civil
Secretário Adilson Faria foi roubado na Rua Erasmo Braga, no Centro, em maio deste ano - Divulgação / Ernesto Carriço / Governo do Rio
Secretário Adilson Faria foi roubado na Rua Erasmo Braga, no Centro, em maio deste anoDivulgação / Ernesto Carriço / Governo do Rio
Rio - A Justiça do Rio tornou ré uma uma quadrilha por roubar uma mochila com R$ 10.400,00, e outros pertences, do secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Adilson Faria. O crime aconteceu em maio deste ano na Rua Erasmo Braga, no Centro do Rio, e teve participação de cinco pessoas.
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ), a vítima foi abordada enquanto desembarcava de um carro, que era dirigido por Yuri Sampaio de Carvalho. Segundo as investigações, o homem, que ocupava o cargo de motorista oficial do chefe de gabinete da Secretaria de Estado da Casa Civil, estaria envolvido no esquema.
As investigações apontaram que o roubo foi executado por Luiz Henrique da Silva, conhecido como Magrão, que, armado, exigiu que o secretário entregasse a mochila.
Enquanto o acusado fazia ameaças a Adilson, Fabio Aguiar Correa do Nascimento, o Bob, aguardava em uma moto, pronto para fugir. Assim que a mochila foi entregue, Luiz Henrique subiu na garupa no veículo, e ambos fugiram do local.
De acordo com a 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial Centro e Zona Portuária, o crime foi meticulosamente planejado. Yuri teria informado aos comparsas a localização exata da vítima, facilitando a abordagem no momento mais oportuno.
Wesley Linhares Alexandre teria atuado como intermediário, repassando as informações fornecidas por Yuri a Fabio Aguiar. Bruna França Nunes, por sua vez, vigiava a movimentação no local do crime, garantindo que a ação fosse realizada sem interferência da polícia.
Todos os integrantes do grupo foram denunciados pelo crime de roubo à mão armada. No dia 13 de junho, o juiz Carlos Eduardo Carvalho de Figueiredo, da 19ª Vara Criminal da Comarca do Rio, aceitou a denúncia e tornou os cinco réus pelo crime. Ele ainda decretou a prisão preventiva dos acusados.
"O modo de execução do crime demonstra a periculosidade dos agentes e corrobora o entendimento da necessidade de segregação, consubstanciado na necessidade real da garantia da ordem pública. Ademais, a liberdade dos acusados também estaria a representar inconvenientes para a instrução criminal, colocando em risco, inclusive, a aplicação da Lei Penal, assim, a prisão preventiva dos acusados é a forma de se proteger a persecução penal em todo o seu iter procedimental", escreveu o magistrado.
Até o momento, pelo menos Yuri já se encontra preso pelo processo. No dia 31 de julho, Carlos Eduardo negou o pedido de liberdade protocolado pela defesa do acusado. A próxima audiência sobre o caso está marcada para esta terça-feira (27).
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