Festival no Museu Nacional atraiu famílias para a Quinta da Boa VistaRenan Areias / Agência O Dia

Rio - O 6º Festival Museu Nacional Vive atraiu um grande público neste domingo (1º). O evento, que contou com o envolvimento de pesquisadores e técnicos de todos os departamentos científicos do Museu Nacional, promoveu 41 atrações educativas e culturais gratuitas entre 10h e 16h. Com o céu ensolarado, diversas famílias prestigiaram a programação na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão.
Nesta segunda-feira (2), o incêndio que atingiu a instituição completa seis anos. Desde então, o instituição realiza anualmente o festival com o objetivo de destacar a importância do espaço, além de apresentar o que é desenvolvido no local. O evento também busca ressaltar a importância do museu para a ciência e cultura, destacando o papel fundamental de manutenção do Museu Nacional.
"Eventos como este ajudam a reforçar a missão educativa do Museu Nacional, permitem o contato do público com os acervos da instituição, ampliam o acesso ao conhecimento científico e ao que estamos fazendo, em conjunto com os nossos parceiros, para reconstruir e devolver o Museu à sociedade", explicou o diretor da instituição, Alexandre Kellner.
Na tenda científica, os visitantes puderam ter contato com fósseis, minerais, exemplares botânicos, seres vivos ou preservados, aprendendo mais sobre as coleções do museu. Um dos destaques desta edição foi atividade "COL-DIGI - Digitalizando os acervos do Museu Nacional/UFRJ", na qual o público pode conhecer detalhes e procedimentos relacionados a este trabalho, além de se aprofundar sobre a importância da preservação de coleções.
A confeiteira Lorraene Henrique, 24 anos, aproveitou o domingo ensolarado para levar os filhos ao festival. Ela explicou que ficou sabendo sobre o evento por meio das redes sociais e não deixou a oportunidade passar.
"Eu amei o festival. O pessoal que estava nos stands foram super pacientes na explicação, inclusive com as crianças. Meu filho de 4 anos adorou, foi uma experiência incrível! Espero que possamos ter esse evento outras vezes", celebrou.
A instituição, em parceria com as organizações que compõem o Projeto Museu Nacional Vive, ofereceu uma programação para todas as idades, incluindo uma apresentação do UniCirco Marcos Frota; a pré-estreia da peça infantojuvenil "A Intrépida Revoada de Maçarica e Batuíra" (Instituto Ciência Hoje e Trêstada); uma oficina de jongo com representantes do Quilombo Camorim, e uma roda de samba com o grupo Terreiro de Crioulo.
Visitas educativas ao Horto Botânico, à Quinta da Boa Vista e à exposição "Um Museu de Descobertas", que apresenta acervos de diferentes pesquisas científicas do museu, também integrou a programação. Outro destaque foi o lançamento da mostra "Linha do Tempo da Reconstrução" que, por meio de fotografias e QR Codes para vídeos, convida a comunidade a saber mais sobre as obras e projetos que estão em andamento para reconstruir o Museu.
O evento teve ainda intérprete de libras, réplicas de acervos que puderam ser manuseadas pelo público, atividades promovidas por instituições parceiras e uma edição especial da Feira Junta Local, com cerca de 40 produtores comercializando alimentos.