Acidente aconteceu na Avenida Brasil, altura da passarela 23, no sentido Zona Oeste, em IrajáReprodução/Google Maps

Rio - O Instituto de Segurança (ISP) divulgou nesta quinta-feira (19) um levantamento que reúne estatísticas de incidentes viários no estado do Rio de Janeiro. E de acordo com o levantamento – publicado por circunstância da Semana Nacional de Trânsito, que começou nessa quarta (18) e vai até o dia 25 – a Avenida Brasil é a via fluminense que concentra o maior número de atropelamentos.
Dos 1.436 casos de pessoas atropeladas no RJ entre janeiro e junho de 2024 – média de oito por dia – 50 se deram em algum ponto dos 58 km de extensão da Avenida Brasil, que liga a Zona Portuária ao bairro de Santa Cruz, na Zona Oeste. Ou seja, 3,48%.
Em seguida neste ranking, aparecem a Avenida Santa Cruz (22) e a Avenida das Américas (21), ambas na Zona Oeste. Já na contagem por municípios, a lista fica assim: capital (658 registros), São Gonçalo (100) e Nova Iguaçu (81).
Também no primeiro semestre, houve um total de 12.914 acidentes de trânsito – média de 71 por dia e alta de 23% em relação ao mesmo período em 2023. Deste total, 751 tiveram vítimas fatais.
Sobre faixas de horário, o ISP ressaltou que a maior fatia dos 13.389 casos de lesões corporais culposas ocorreu à tarde, do meio-dia às 18h. Já os homicídios culposos, que teve 1.123 registros no período, aconteceram em sua maioria entre 18h e meia-noite.
Infrações
O levantamento do ISP também destacou que motoristas entre 18 e 29 anos são os principais responsáveis por infrações como dirigir sem habilitação, adulterar sinal identificador do veículo (ou adulterar chassi) e participar dos chamados rachas. Em comparação com o mesmo período do ano passado, conduzir sem CNH e adulterar sinal tiveram aumento de 22,7% e 50,2%, respectivamente.
Quanto aos profissionais mais autuados por infrações, o estudo mostra que estudantes são 5,7% do total, seguidos de comerciantes (3,4%) e entregadores (3,3%). Especificamente sobre rachas, a lista tem estudantes (11,4%), motociclistas (6,4%) e entregadores (3,6%).
Leonardo Vale, vice-presidente do ISP, chama atenção para a importância do estudo: "A conscientização é fundamental para um trânsito mais seguro. Saber o perfil dos autores e locais com mais ocorrências é essencial para promover educação no trânsito direcionada para o público-alvo".