Rio - A reabertura da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), nesta terça-feira (24), teve reforço nos trabalhos de limpeza no campus do Maracanã, na Zona Norte. As aulas e demais atividades administrativas foram retomadas após três meses de ocupação.
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Durante a manhã ainda foram encontrados no espaço alguns móveis revirados, além de pichações nas paredes, portas e vidros, que estão sendo removidas pelos funcionários. Segundo a instituição, o pavilhão João Lyra Filho ficou com diversas marcas de depredação.
"Houve ainda violação a diferentes computadores com a retirada de Discos Rígidos (HDs) – que continham informações pessoais importantes e dados de pesquisa. A Uerj comunicou que abriu sindicância para apurar os responsáveis pelos prejuízos e pelo sumiço dos HDs”, explicou a reitoria.
Apesar disso, o movimento estudantil informou que irá realizar um novo protesto nesta terça-feira (24) a partir das 17h. Os estudantes marcaram uma concentração em frente ao Hospital Universitário Pedro Ernesto, com marcha até o campus do Maracanã.
"Este ato é um repúdio à política de repressão e criminalização da luta estudantil, orquestrada pela reitoria e pelos poderes que tentam sufocar a democracia e a liberdade dentro da universidade. Fora Gulnar! Fora Deusdara! Não aceitamos mais essa aliança entre a reitoria e a violência estatal!", disseram.
A desocupação ocorreu na última sexta (20) e foi marcada por uma confusão entre policiais militares do Batalhão de Choque – autorizados pela Justiça a atuar se necessário fosse – e estudantes. O movimento estudantil protestava contra o corte de benefícios.
De acordo com a Polícia Civil, uma perícia foi realizada no pavilhão no sábado (21). As investigações seguem em andamento a investigação para levantar os danos ao patrimônio da universidade e uma perícia complementar deve ocorrer ainda nesta semana.
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