Tia mostrou marca de tiro que atravessou bancos e atingiu a adolescenteReprodução/Redes Sociais

Rio - A adolescente baleada ao entrar por engano no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, recebeu alta no último domingo (6), após 18 dias internada. V.B.S, de 14 anos, estava em um hospital particular em Minas Gerais, onde mora. A jovem foi atingida após o pai pegar a saída errada da Linha Amarela e entrar em uma comunidade. 
Antes de ser transferida, a menina, que foi baleada na lombar, ficou quatro dias internada no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, Zona Norte. 
Em entrevista ao Encontro, da TV Globo, nesta terça-feira (8), o pai da menina, Michel Simioni, falou sobre a emoção de ter a filha viva e em casa. "Desde que ela levou o tiro, ela foi a base da nossa casa. Ela teve bom humor, ela sustentou a família desde o dia que foi baleada, com alegria e muita força. A gente se apegou nisso, na força e na vontade de viver dela", disse.
A menina e o pai tinham ido ao Consulado Americano para emitir o visto e, no momento em que foi atingida, estava a caminho da praia na Barra da Tijuca com o pai. Porém, seguindo GPS, eles foram parar em um dos acessos à comunidade. 
A região onde entraram é conhecida Baixa do Sapateiro, dominada pelo Terceiro Comando Puro (TCP). Ela é uma das 16 que compõem o Complexo da Maré. Ao passarem pela avenida Guilherme Maxwell, pai e filha foram abordados por bandidos armados com fuzis.

Os criminosos ordenaram ao motorista que parasse o veículo. Assustado, Michel acelerou e fugiu. Os bandidos, então, atiraram na direção do veículo, acertando a adolescente.
Logo depois do crime, a Polícia Civil identificou dois bandidos responsáveis pelos disparos. Segundo a corporação, as investigações do caso estão em andamento e seguem sob sigilo. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados. A polícia informou que os autores continuam sendo procurados.