Chiquinho, de 60 anos, marcou época na Imperatriz Leopoldinense ao desfilar com a mãe Maria HelenaReprodução / Redes Sociais

Rio - Chiquinho, de 60 anos, mestre-sala que marcou época na Imperatriz Leopoldinense, segue internado em estado grave no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, na Zona Norte, devido uma infecção bacteriana. Ele completou 25 dias de internação na unidade, neste sábado (12). A informação é da Secretaria de Estado de Saúde (SES).
José Francisco de Oliveira Neto foi internado no hospital em 17 de setembro, mas a luta contra a infecção começou no primeiro dia daquele mês. Antes de chegar no Getúlio Vargas, ele ficou na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Del Castilho, ainda na Zona Norte, por oito dias, e na UPA Beira-Mar, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, por mais quatro.
Com o passar do tempo, veio o diagnóstico de sepse, ou seja, uma infecção bacteriana generalizada que se espalhou para os rins e para o pulmão. Durante a internação no Getúlio Vargas, o mestre-sala precisou ser entubado e ficar em coma induzido para reagir melhor à medicação, conforme disse Kelly Carpinetti, mulher de Chiquinho, ao DIA na época.
Em 28 de setembro, ele sofreu uma parada cardíaca que, de acordo com Kelly, durou 20 minutos. Depois da intervenção da equipe médica, o homem se recuperou. O fato aconteceu quando Chiquinho ia passar por uma tomografia para esclarecer a causa de sua infecção.
No último sábado (5), a família fez uma postagem nas redes sociais dizendo que o mestre-sala teve uma melhora, mas que o quadro ainda era muito delicado.
"Pedimos que continuem intensificando suas orações e desejando a melhora na saúde e na vida do gigante Chiquinho. Estamos recebendo muitas mensagens de amigos e fãs, mas infelizmente não temos como responder a todos. As mensagens que estamos recebendo nas redes sociais, estamos lendo e passando para o mestre. Continuem sua orações que tenho fé que Deus está ouvindo e em breve estaremos com o nosso eterno mestre-sala", diz o texto.
Filho de Maria Helena
Chiquinho é filho de Maria Helena Rodrigues, eterna porta-bandeira da Imperatriz Leopoldinense. Desfilando juntos, eles foram campeões pela escola de Ramos em seis oportunidades: 1989, 1994, 1995, 1999, 2000 e 2001.
O mestre-sala, figura histórica do Carnaval carioca, atuou pela agremiação por 25 anos. Depois de sair da Verde e Branco, ele ainda desfilou pela Alegria da Zona Sul em 2006 e 2007. Posteriormente, voltou a sair na Imperatriz como Destaque.
Maria Helena morreu em março de 2022, aos 76 anos, devido a complicações causadas pelo diabetes. Naquele ano, ela chegou a participar do último ensaio técnico da escola para o desfile. A histórica porta-bandeira nasceu em 1945, na cidade de São João do Nepomuceno, em Minas Gerais, e veio para o Rio de Janeiro nos anos 60 em busca de uma vida melhor.